Camponeses mexicanos presos injustamente são liberados
Enquanto representantes de coletivos e defensores da terra, dos rios e da água, se manifestavam na praça Lerdo, a mensagem chegou: Adrián Hernández Navarro, Eladio Ruiz Morales e Ernesto Texón […]
Publicado 19/05/2015
Enquanto representantes de coletivos e defensores da terra, dos rios e da água, se manifestavam na praça Lerdo, a mensagem chegou: Adrián Hernández Navarro, Eladio Ruiz Morales e Ernesto Texón Ochoa, os três comissários (ejidatarios) de comunidades camponesas de Jalcomulco haviam sido liberados. O juiz de Coatepec não encontrou delito para que continuassem presos em Pacho Viejo, o que confirma que a prisão se tratou apenas de uma questão política.
O vencimento do término constitucional de 72 horas de encarceramento havia chegado ao fim, e o juiz Israek Reyna Escalera sentenciou a liberdade por falta de elementos para o processo a favor dos 3 camponesas de Jalcomulco,
Estes mandados de prisão são adicionados a uma série de ações tomadas pela empresa Odebrecht, a Comissão de Água do Estado de Veracruz, a Procuradoria Agrária do Estado e o Governo de Veracruz para criminalizar os defensores do Rio Pescados e integrantes da organização social Pueblos Unidos de la Cuenca del Río La Antigua por los Ríos Libres. Denunciamos as ações da empresa Odebrecht nesta região pelos assédios e acusações para pressionar a saída de camponeses de seus territórios para construir o projeto “Multipurpose Xalapa” em conluio com autoridades estaduais, violando os direitos de cidadãos, de liberdade de expressão para proteger bens naturais, de viver em um ambiente saudável, defender sua herança e o futuro de suas comunidades.
Acusavam os camponeses de terem ficado com 26 mil pesos, mesmo com os comissários dizendo que não a comunidade não movimenta essa quantidade de dinheiro. Há outras pessoas acusadas, mas os movimentos asseguram se tratar da mesma situação que se passou com 3 últimos presos: os acusantes não têm nenhuma prova.