Movimentos apresentam pauta para ministro do Desenvolvimento Agrário
Nesta quarta-feira (11), durante intensa jornada de lutas por todo o país, diversos movimentos sociais do campo participaram de uma audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus […]
Publicado 13/03/2015
Nesta quarta-feira (11), durante intensa jornada de lutas por todo o país, diversos movimentos sociais do campo participaram de uma audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus Ananias. Na reunião todos os movimentos afirmaram pontos unitários, que nas suas avaliações são medidas necessárias, ousadas e imediatas a serem adotadas por parte do governo.
Uma das principais pautas de reivindicação foi a construção de um plano de metas da Reforma Agrária, bem como a implementação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Reforma Agrária para a pauta avançar no país.
As organizações também reivindicam a criação de um programa nacional de produção de alimentos saudáveis que atenda as demandas de viabilizar e estruturar toda a agricultura familiar e camponesa. Essa reivindicação tem o objetivo central de melhorar a vida das famílias, em especial melhorar a qualidade de produção de alimentos saudáveis para todo povo brasileiro. A criação deste programa passa por ter investimentos em créditos, agroindústrias, assistência técnica, política de preços, etc, declararam as lideranças presentes.
Os camponeses do sul do país reivindicam medidas imediatas para o problema da crise do leite na região, a desburocratização das leis da vigilância sanitária e a liberação dos recursos do PNHR.
Por fim, na reunião as lideranças dos movimentos manifestaram a necessidade do governo tomar medidas para atender e avançar em políticas que atendam os direitos dos trabalhadores do campo e da cidade. Justamente para enfrentar a ofensiva da direita que só pensa em sugar os recursos do Estado em benefício particular, argumentaram.
O ministro do MDA, Patrus Ananias, afirmou que o governo tem o compromisso de assentar as famílias acampadas no país e dar condições dignas para os assentamentos já existentes, além de apresentar um plano de metas para atender e avançar em todas as pautas.
Estamos mapeando com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) as 60 mil famílias cadastradas e recebemos do MST o número de 120 mil famílias acampadas. Vamos trabalhar para assentar dignamente todas essas famílias nos próximos quatro anos. Além disso, vamos tornar esses assentamentos espaços de vida, com acesso à cultura, inclusão digital e atividades esportivas, para a manutenção do jovem no campo, disse o ministro.
De acordo o ministro, o momento é de uma perigosa hegemonia do pensamento conservador e que os movimentos sociais devem buscar uma linguagem comum para seus objetivos e estratégias, como a criação de um fórum que possa unificar as lutas e pautas conjuntas.