Curso de especialização em energia da UFRJ homenageia Hugo Chávez
Mais uma turma concluiu o curso Energia e Sociedade no Capitalismo Contemporâneo, uma parceria entre o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de […]
Publicado 08/03/2015
Mais uma turma concluiu o curso Energia e Sociedade no Capitalismo Contemporâneo, uma parceria entre o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR-UFRJ) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). O grupo de estudantes – militantes de organizações sindicais e movimentos sociais de oito países da América Latina decidiu homenagear o Comandante Hugo Chávez dando seu nome à turma.
Para nós, Chávez foi um exemplo ao reavivar o sonho do socialismo e integração dos povos na América Latina. Sua memória está presente em todas as nossas ações afirmou o estudante José Antonio Garcia, de Honduras, durante a cerimônia de formatura, celebrada no prédio da Reitoria da UFRJ, no Rio de Janeiro.
O curso, simultaneamente de especialização e extensão, foi formado por quatro etapas semestrais de 15 dias. O encerramento da etapa final, na qual todos os estudantes apresentaram artigos científicos sobre o tema da energia, coincidiu com as celebrações do aniversário de Hugo Chávez. O grupo também participou de um ato em homenagem ao Comandante na sede do sindicato dos jornalistas do Rio de Janeiro, com a presença do cônsul venezuelano.
A centralidade da energia
O curso nos ajudou a compreender a importância estratégica da energia para a sociedade capitalista. A Venezuela, resistindo a todos os ataques do imperialismo, é um exemplo disso. E nós do Brasil também vemos isso com muita clareza nesse momento em que a direita tenta privatizar a Petrobras, afirmou o formando Ubiratã Dias, militante do MAB.
As organizações participantes reforçaram a importância do curso para a construção da unidade da classe trabalhadora na América Latina. Quando fomos convidados a participar do curso, o sindicato se questionou o que tinha a ver nós, metalúrgicos, participar de um espaço sobre energia com os atingidos por barragens e os eletricitários. Agora compreendemos que a discussão da energia tem que ser de toda a classe trabalhadora para construirmos o projeto popular que nós sonhamos, afirmou Fábio Adamczuk, do Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim.
Essa foi a terceira turma a concluir a formação. Esse curso é uma construção coletiva e só existiu por um processo de pressão dos trabalhadores, dos movimentos sociais, afirmou Flávia Braga Vieira, pesquisadora do IPPUR e uma das articuladoras do curso, na cerimônia de formatura, realizada na sexta-feira, 6 de março.