Organizações da Amazônia elegem nove pontos para a construção de um projeto energético popular
Representantes sindicais e de organizações do movimento social de vários estados da Amazônia elegeram nove pontos prioritários para as discussões e ações no processo de consolidação da Plataforma Operária e […]
Publicado 21/08/2014
Representantes sindicais e de organizações do movimento social de vários estados da Amazônia elegeram nove pontos prioritários para as discussões e ações no processo de consolidação da Plataforma Operária e Camponesa para a Energia. As propostas foram o resultado dos debates realizados no Seminário Amazônico de Política Energética, realizado pelo Sindicato dos Urbanitários do Pará e pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), com apoio da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), nestas terça e quarta-feira, 19 e 20, em Belém.
Os nove pontos levantados nestes dois dias serão levados ao Seminário Nacional de Política Energética. São ideias, objetivos e desafios gerais que serão condensados ou somados às propostas das demais regiões brasileiras, com o objetivo de traçar ações concretas no processo de construção de um projeto energético popular, enfatizou o coordenador do MAB, Rogério Hohn, no encerramento do Seminário, no auditório do Sindicato dos Urbanitários do Pará.
Nesta quarta-feira, duas mesas temáticas fomentaram os debates entre os participantes. Pela manhã, o professor da Universidade Federal do Mato Grosso, Dorival Gonçalves e o representante da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Cloviomar Pereira explanaram sobre Atualidade e perspectivas da indústria energética no Brasil eletricidade e petróleo. A segunda mesa temática, à tarde, foi sobre Os desafios para a classe trabalhadora na construção do projeto energético popular, que teve a participação de várias organizações presentes no evento.
Entre os pontos retirados das discussões estão a consolidação do processo de articulação da Plataforma nas regiões brasileiras, a luta contra a privatização das empresas do setor, a defesa permanente dos direitos dos trabalhadores e a discussão sobre a utilização dos recursos que são repassados aos governos municipais e estaduais como compensação pelos impactos gerados pela indústria energética. É preciso transformar essa compensação em políticas que realmente tragam melhoria de vida às populações dos municípios atingidos por essa indústria, ressalta Rogério Hohn.
Encerrando as discussões do seminário amazônico, Ronaldo Romeiro, presidente do Sindicato dos Urbanitários do Pará, agradeceu a presença dos líderes sindicais e comunitários que vieram do Amapá, Maranhão, Rondônia, Amazonas, Tocantins e Distrito Federal, além das delegações de vários municípios paraenses. Essa união de esforços de várias organizações em favor da construção de uma política energética popular só tem a crescer. A luta é constante, permanente, e nós, trabalhadores, temos que estar unidos para enfrentar os grandes interesses do capital. Os urbanitários do Pará estarão presentes no seminário nacional porque esse é o caminho para a construção de uma sociedade mais fraterna e mais justa para todos, finalizou.
O Seminário Nacional será realizado nos dias 17 e 18 de setembro, em Brasília, reunindo representantes de todas as regiões brasileiras, onde eventos regionais estão sendo realizados.