Transamazônica discute plebiscito popular
Nos dias 31 de maio e primeiro de junho, aconteceu o seminário regional do Plebiscito Popular em Brasil Novo, Transamazônica, Pará, com presença de 36 pessoas de cinco municípios (Placas, […]
Publicado 02/06/2014
Nos dias 31 de maio e primeiro de junho, aconteceu o seminário regional do Plebiscito Popular em Brasil Novo, Transamazônica, Pará, com presença de 36 pessoas de cinco municípios (Placas, Medicilândia, Brasil Novo, Altamira e Anapu) e de 5 diferentes organizações (Comissão Justiça e Paz, Movimento dos Atingidos por Barragens, Levante Popular da Juventude, Movimento de Mulheres Altamira e igreja).
A análise de conjuntura mostrou a papel do Brasil e particularmente do Pará na macroeconomia. No Xingu está se implantando uma das maiores hidrelétricas do mundo, a Belo Monte, com seu rastro de destruição. Existem muitos outros projetos de barragens, entre os quais no Tapajós. A exploração de minério está se intensificando. Está se implantando toda uma infraestrutura para o Capital, que envolve portos, rodovias, ferrovias e hidrovias. De 2012 a 2016, serão investidos pelos menos 150 bilhões nessas iniciativas. Nessa conjuntura, o papel dos movimentos populares e das entidades combativas é fundamental para a resistência e avanço dos direitos do povo e da classe trabalhadora.
Os participantes debateram os limites da democracia brasileira, a configuração do congresso – com pouquíssima presença de negros, jovens, mulheres – e a importância de uma constituinte soberana para a reforma do sistema político no país. Por fim, fizeram um planejamento por município, levantando as organizações municipais e a metodologia de massificação da nossa proposta de trabalho.
Jackson, militante do MAB e um dos articuladores do Plebiscito, disse que ‘apesar das distâncias entre os municípios na Transamazônica, a participação foi muito boa. Esse Seminário vai ajudar a massificar a proposta em toda a região’. Disse ainda que ‘o Plebiscito é um instrumento importante para mudar a realidade do Xingu e da Transamazônica, onde historicamente o povo fica abandonado, fortalecendo a luta unitária’.
Ficou marcada uma próxima assembleia do Plebiscito Popular para os dias 16 e 17 de agosto, em Brasil Novo. E no dia 11 de junho todos os motivadores do Plebiscito Popular no Pará estarão em Belém, quando haverá uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Pará – ALEPA e a fundação do Comitê.