5º encontro dos Movimentos Sociais de Minas Gerais debate redução nas contas de luz
Tarifa cobrada dos 7,7 milhões de consumidores mineiros é a mais alta do país. Os 1500 Manifestantes que participavam do 5º encontro dos Movimentos Sociais de Minas Gerais, ocorrido do […]
Publicado 06/05/2014
Tarifa cobrada dos 7,7 milhões de consumidores mineiros é a mais alta do país.
Os 1500 Manifestantes que participavam do 5º encontro dos Movimentos Sociais de Minas Gerais, ocorrido do dia 1 a 3 de maio, protocolaram a partir do encontro o resultado do Plebiscito pela Redução da Conta de luz, recolhido durante 2013, 603 mil assinaturas em favor da redução da tarifa de energia. Outro tema debatido no encontro foi o Plebiscito por uma Constituinte do Sistema Político, que está programado para setembro deste ano, em todo o Brasil.
Dentre as reivindicações, os manifestantes exigem a redução em 50% do custo da tarifa da Cemig que é a mais alta do país. A Cemig pediu no reajuste tarifário anual um reajuste de 29% a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O reajuste concedido pela Aneel foi de 14,24% nas contas dos consumidores atendidos pela CEMIG, anunciado no início de abril. A justificativa da empresa foi que o gasto para a geração de energia aumentou em virtude da estiagem prolongada e, por isso, foi necessário ligar as usinas térmicas.
Os manifestantes repudiam este aumento que encareceu a conta de luz de 7,7 milhões de consumidores mineiros. Os manifestantes também exigem a redução, hoje de 30%, para 14% do imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que é parte da tarifa de energia do estado. Integra a pauta das reivindicações também a instalação de energia elétrica nos assentamentos de reforma agrária de Minas Gerais.
O Brasil tem quase 90% da sua energia produzida a partir de centrais hidroelétricas. Essa energia tem um custo bem menor do que usinas que geram energia a partir de combustíveis fósseis(carvão mineral e petróleo), já que a água é gratuita e abundante. Porém, a energia no Brasil é uma das mais caras no mundo, explica o coordenador nacional do MAB, Gilberto Cervinsk.
Gilberto esclarece que os motivos por trás desse preço abusivo são as privatizações do setor elétrico- que busca lucros excessivos gerando a precarização dos trabalhadores do setor- e a especulação sobre o preço da energia. Enquanto as estatais federais vendem a R$ 33,00/MWh , as empresas administradas pelo PSDB (Cesp, Copel, Cemig e Light) e empresas privadas (Duke, Suez Tractebel, AES, etc.) vendem a mesma quantidade de energia a R$ 822,83.
O presidente da CEMIG, Djama Bastos de Morais recebeu os representantes do movimento e, de acordo com a assessoria da empresa, as reivindicações serão analisadas.
Fotos : Noronha Rosa