Atingidos aguardam reunião com Ministério de Minas e Energia
Atingidos reivindicam a criação da política nacional de direitos e do fundo social para o pagamento da dívida com as comunidades afetadas por barragens. Além disso, cobram agilidade no Programa […]
Publicado 27/03/2014

Atingidos reivindicam a criação da política nacional de direitos e do fundo social para o pagamento da dívida com as comunidades afetadas por barragens. Além disso, cobram agilidade no Programa Luz para Todos e intervenção do ministério em Rondônia
A ação ocorreu depois da realização do seminário sobre o modelo energético brasileiro. Os manifestantes marcharam os 800 metros que separam o Congresso Nacional, local da realização do seminário, até o Ministério de Minas e Energia (MME).
Enquanto diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) afirmaram, em reunião com os coordenadores do MAB na manhã de ontem (26), que existem erros no modelo energético brasileiro, o Ministério de Minas e Energia (MME) nega qualquer equívoco.
O MAB protocolou um documento e espera uma reunião com o ministro Edson Lobão para encaminhar as pautas, que são a instituição da Política Nacional de Direitos para as Populações Atingidas por Barragens (PNAB), atualização dos cálculos pagos pelas hidrelétricas pela utilização dos recursos hídricos, criação de um Fundo Social para o pagamento da dívida com os atingidos e agilidade no atendimento do Programa Luz para Todos.
Além disso, o MAB solicita a intermediação do MME junto às empresas responsáveis pelas Usinas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, para ser parte responsável do atendimento às demandas das milhares de famílias desabrigadas pelas enchentes que, pelos indícios, foram agravadas pelas barragens.
Os atingidos também exigiram o cancelamento do leilão da Usina Hidrelétrica Três Irmãos, marcado para as 10 horas desta sexta-feira (28), na Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo, localizada em São Paulo.
Antes propriedade da Companhia Energética de São Paulo CESP, Três Irmãos, hidrelétrica localizada no município do interior de São Paulo, Andradina, teve seu contrato de concessão vencido no final de 2011. Entretanto, o governo de São Paulo não aceitou renovar sua concessão e ela foi repassada automaticamente à União.
Com isso, o MAB defende sua nacionalização, ou seja, que a hidrelétrica continue sob controle do Estado. Em São Paulo, está marcado, para as 09 horas de amanhã, um ato em frente a Bovespa para reivindicar o cancelamento do leilão.
O MAB também denuncia a expeculação das empresas do setor eletrico, fazendo o governo colocar bilhoes de reais e com isso será aumentada a tarifa da enrgia em 2015.