Paralisação de obras da usina de Belo Monte entra no quinto dia
Do G1 Pará Os operários do sítio Pimental, um dos canteiros de obras da usina de Belo Monte, construída em Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará, prosseguem com a paralisação […]
Publicado 13/11/2013
Do G1 Pará
Os operários do sítio Pimental, um dos canteiros de obras da usina de Belo Monte, construída em Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará, prosseguem com a paralisação das atividades nesta quarta-feira (13). De acordo os trabalhadores, a proposta é manter os braços cruzados até o próximo dia 18, quando uma nova assembleia irá definir os rumos do movimento grevista. A produção segue normal nos sítios Canais e Diques, Bela Vista e Infraestrutura.
A categoria reivindica melhorias trabalhistas, como reajuste salarial, plano de saúde, entre outros benefícios, e demonstra insatisfação acerca da atuação do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav), que representa os trabalhadores junto ao Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da usina. Os trabalhadores querem negociar o Acordo Coletivo de Trabalho individualmente, porém, o CCBM afirma que só irá negociar com a Sintrapav, única entidade sindical reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) como representante legal dos funcionários do CCBM.
“Toda a categoria está com os salários rebaixados e defasados. É a obra que mais dinheiro recebe do Governo Federal, construindo obras milionárias a preço de reais, como o nosso salário de R$ 676″, complementou Adaílton Tereira, representante da comissão dos trabalhadores.”Desde o dia 9 que não chegou nenhuma resposta nem do sindicato nem da empresa”, declarou Rosinaldo Fonseca de Almeida, representante da comissão de operários.
Já os operários do sítio Belo Monte retomaram ainda na última terça-feira (12) parte das atividades. Em nota, o CCBM informou que apenas as equipes responsáveis pelo trabalho em concreto estão paralisadas. Até a terça, o Consórcio estimou que 14 mil operários estivessem de braços cruzados. Durante a tarde, houve uma rodada de negociação entre representantes do CCBM e do Sindicato, porém, sem acordo. Uma nova reunião ocorre nesta quarta.