Bloqueio na Transamazônica continua
Rodovia Transamazônica continua bloqueada no km 32 (Ponte do rio Água Preta), próximo ao município de Itaituba, oeste do Pará, nesta terça-feira (22). Os agricultores exigem a presença do INCRA […]
Publicado 22/10/2013
Rodovia Transamazônica continua bloqueada no km 32 (Ponte do rio Água Preta), próximo ao município de Itaituba, oeste do Pará, nesta terça-feira (22). Os agricultores exigem a presença do INCRA no local para negociar suas pautas.
A manifestação acontece desde ontem (21), quando cerca de 500 trabalhadores organizados no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Itaituba, no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), na Comissão Pastoral da Terra (CPT), e associações de agricultores trancaram a rodovia para exigir seus direitos historicamente negados pelo estado brasileiro.
Os agricultores exigem que avance por parte do governo a pauta de reivindicação já em discussão, entre os pontos estão: o asfaltamento da Transamazônica e BR 163, aceleração do Programa Luz Para Todos, regularização fundiária e revisão das unidades de conservação que sobrepõem assentamentos já existentes, além de políticas públicas nas áreas de educação, saúde e segurança.
Como parte das exigências da mobilização houve uma primeira negociação entre os agricultores, Celpa e Eletronorte, no qual foi apresentado um cronograma de execução das atividades do Programa Luz Para Todos, com previsão de início para 30 de novembro.
Mesmo com o avanço da pauta, os manifestantes afirmam que a resposta é insuficiente tendo em vista os anos que essa população tem sido abandonada na região. Só vamos acreditar de fato nessas promessas do governo e da Celpa quando tiver energia na minha casa, afirma Izaac da Silva, morador da comunidade Santa Rita.
Desde ontem, os agricultores esperam a presença do superintendente regional do INCRA, Luis Barcelar, pois a pauta principal é a regularização fundiária. Com a ausência do órgão, a rodovia permaneceu bloqueada provocando, em muitos momentos, um clima tenso entre agricultores e caminhoneiros transportadores de soja, havendo princípios de incêndio na ponte.
Por volta da meia noite (após 16 horas de bloqueia), a rodovia foi liberada, mas voltou a ser trancada durante a madrugada. Os manifestantes afirmam que só encerrarão o protesto caso avance a pauta de negociação.