Movimentos pautam preço da luz e reforma agrária em marcha de Belo Horizonte

  Durante o dia de ontem (26), milhares de militantes de movimentos e organizações sociais e sindicais de Minas Gerais estiveram mobilizados desde o meio dia no centro da cidade, […]

 

Durante o dia de ontem (26), milhares de militantes de movimentos e organizações sociais e sindicais de Minas Gerais estiveram mobilizados desde o meio dia no centro da cidade, na Praça Sete, para a quinta grande mobilização da cidade. Depois da concentração, em torno de 100 mil pessoas marcharam em direção ao Mineirão, onde às 16 horas iniciou o jogo do Brasil.

Com faixas e cartazes de “O preço da luz é um roubo e tira a comida do povo”, “Reforma Agrária Jᔠe “Sem Violência”, os movimentos sociais e sindicais fizeram a mobilização, que se insere na proposta de pautarem temas de mudanças estruturais necessárias para o Brasil.

Segundo a militante do MAB, Soniamara Maranho, a marcha foi muito bem organizada. “Antes da saída, foi feita uma grande assembleia para a tomada de algumas decisões, tais como a chegada ao estádio e retorno ao centro da cidade para o ato de encerramento na praça da rodoviária”, disse.

Quando a marcha chegava próximo ao estádio, mais uma vez a polícia e alguns manifestantes entraram em confronto e a polícia os dispersou com bombas de efeito moral e gás lacrimogênio. Vários manifestantes foram presos e feridos. Os movimentos organizados, entre eles o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), deram a volta pelo aeroporto da Pampulha e voltaram para o centro de Belo Horizonte.

Para os militantes dos movimentos sociais, o saldo da marcha de ontem foi positivo porque mais uma vez foi feita a luta do povo. “Mostramos nossa pauta no trabalho de formiguinha, dialogamos com milhares de pessoas entregando panfletos do Plebiscito Popular da Energia e do ICMS. Eram dezenas de pessoas carregando o cartaz da campanha “O preço da luz é um roubo. Foi emocionante”, afirmou Soniamara.

Hoje (27) o MAB continua as manifestações que iniciaram a mais de 20 dias em diversas cidades brasileira. Com os atos, o MAB quer pressionar o governo para pautas específicas do Movimento, tais como a Política Nacional dos Atingidos por Barragens, mas também pautas gerais do projeto popular, como reforma agrária, recurso para produção de alimentos saudáveis, não ao leilão do pré-sal, saúde e educação e o preço da energia elétrica. 

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro