Movimentos pautam preço da luz e reforma agrária em marcha de Belo Horizonte
Durante o dia de ontem (26), milhares de militantes de movimentos e organizações sociais e sindicais de Minas Gerais estiveram mobilizados desde o meio dia no centro da cidade, […]
Publicado 27/06/2013
Durante o dia de ontem (26), milhares de militantes de movimentos e organizações sociais e sindicais de Minas Gerais estiveram mobilizados desde o meio dia no centro da cidade, na Praça Sete, para a quinta grande mobilização da cidade. Depois da concentração, em torno de 100 mil pessoas marcharam em direção ao Mineirão, onde às 16 horas iniciou o jogo do Brasil.
Com faixas e cartazes de O preço da luz é um roubo e tira a comida do povo, Reforma Agrária Já e Sem Violência, os movimentos sociais e sindicais fizeram a mobilização, que se insere na proposta de pautarem temas de mudanças estruturais necessárias para o Brasil.
Segundo a militante do MAB, Soniamara Maranho, a marcha foi muito bem organizada. Antes da saída, foi feita uma grande assembleia para a tomada de algumas decisões, tais como a chegada ao estádio e retorno ao centro da cidade para o ato de encerramento na praça da rodoviária, disse.
Quando a marcha chegava próximo ao estádio, mais uma vez a polícia e alguns manifestantes entraram em confronto e a polícia os dispersou com bombas de efeito moral e gás lacrimogênio. Vários manifestantes foram presos e feridos. Os movimentos organizados, entre eles o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), deram a volta pelo aeroporto da Pampulha e voltaram para o centro de Belo Horizonte.
Para os militantes dos movimentos sociais, o saldo da marcha de ontem foi positivo porque mais uma vez foi feita a luta do povo. Mostramos nossa pauta no trabalho de formiguinha, dialogamos com milhares de pessoas entregando panfletos do Plebiscito Popular da Energia e do ICMS. Eram dezenas de pessoas carregando o cartaz da campanha O preço da luz é um roubo. Foi emocionante, afirmou Soniamara.
Hoje (27) o MAB continua as manifestações que iniciaram a mais de 20 dias em diversas cidades brasileira. Com os atos, o MAB quer pressionar o governo para pautas específicas do Movimento, tais como a Política Nacional dos Atingidos por Barragens, mas também pautas gerais do projeto popular, como reforma agrária, recurso para produção de alimentos saudáveis, não ao leilão do pré-sal, saúde e educação e o preço da energia elétrica.