MAB reforça parceria com os Bispos do Brasil
Foto: Assessoria de Imprensa CNBB Nesta terça-feira (11), representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) se reuniram com o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), […]
Publicado 12/06/2013
Foto: Assessoria de Imprensa CNBB
Nesta terça-feira (11), representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) se reuniram com o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Steiner, na sede da entidade, em Brasília.
No encontro, o MAB apresentou um panorama geral das reivindicações do movimento e relatos sobre a situação em algumas regiões. Hoje estamos vivenciando diversos casos de violações aos direitos dos atingidos, como na construção da hidrelétrica de Belo Monte, onde há falta informação, desrespeito na consulta às populações e projetos de reassentamento aquém das necessidades básicas, afirmou Antônio Claret, militante do MAB e missionário na Prelazia do Xingu.
Diante disso, os militantes apresentaram ao secretário geral o projeto de criação da Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas (PNAB), que visa garantir uma segurança jurídica aos atingidos. Não existe hoje nenhuma política que assegure os direitos dos atingidos, por isso estamos buscando a aprovação desta política até o nosso Encontro Nacional, onde esperamos contar com a presença e apoio da CNBB, apontou Joceli Andrioli, da coordenação nacional do MAB.
Além de se prontificar em discutir dentro da CNBB sua participação no Encontro Nacional do MAB, que ocorrerá de 2 a 5 de setembro em São Paulo, o bispo Dom Leonardo também se comprometeu em entregar a carta elaborada pelo movimento ao Papa Francisco, em visita ao Brasil em julho, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Queremos entregar ao Papa um relato das constantes violações dos direitos humanos que os atingidos vêm sofrendo, explicou Joceli.
Para Evandro Nesello, da coordenação do MAB, a reunião foi importante para reforçar a parceira entre as organizações e a solidariedade da CNBB com a luta dos atingidos. Lutamos pela mesma causa, ou seja, lutamos por um mundo melhor com menos desigualdade, e é por isso que precisamos unir forças e reafirmar esse diálogo, apontou.