MAB participa da IV Plenária Nacional da FUP

Com o tema “Trabalhadores do campo e da cidade em defesa da democracia”, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizou sua IV Plenária Nacional, que aconteceu de 6 a 9 de junho, no assentamento do MST Normandia, em Caruaru, Pernambuco.

O evento foi marcado pela análise de conjuntura e pelos debates sobre a importância estratégica da energia para a soberania nacional, tendo em vista que somos um dos países do mundo com as maiores reservas de petróleo e gás, e energia hidrelétrica, recursos tão importantes para o desenvolvimento da nação.

Durante a Plenária, os representantes do MAB chamaram atenção para quatro elementos, a saber: que hoje o Brasil é o país que desperta maior cobiça das transnacionais imperialistas na exploração dos recursos naturais como água, minério, petróleo e gás, energia elétrica entre outras; que existe um interesse muito grande na privatização daquilo que pode dar mais retorno financeiro ao capital, a exemplo do que está ocorrendo com as usinas hidrelétricas da CESP, em São Paulo; que na 11ª rodada de leilões do petróleo ficou clara a intervenção das empresas privadas se apropriando de grande parcela ofertada pela Petrobrás e; a importância de construir um campo unitário de luta em torno da soberania nacional, que contemple os trabalhadores do campo e da cidade, com o viés da energia e industrialização nacional.

Na mesa de abertura, o coordenador nacional do MAB, Joceli Andreoli, parabenizou a FUP por sua atuação política na construção da unidade dos movimentos sociais nos fóruns de defesa do petróleo e da energia como bens sociais e destacou a importância do tema da IV Plenafup: “Trabalhadores do campo e da cidade em defesa da democracia. “É a unidade que nos dá o poder de realização concreta dos projetos que defendemos enquanto classe trabalhadora e movimento social, comprometidos com a soberania do nosso povo. Neste momento em que o capital internacional está em crise e quando os recursos energéticos estão no centro das disputas, discutir democracia é discutir as reformas estruturais que queremos para o nosso país”, declarou.

O coordenador da FUP, João Antônio de Moraes, também frisou que sem unidade, a classe trabalhadora não conseguirá superar os desafios que tem pela frente. “Nossa categoria vive hoje sob o risco constante de precarização das condições de trabalho e segurança, em função do avanço da terceirização e da apropriação do capital privado sobre os recursos de petróleo. Dos 189 blocos que foram leiloados na 11ª Rodada, a Petrobrás é operadora em apenas três”, denunciou, referindo aos blocos marítimos arrematados pela estatal. “Esse é um setor extremamente estratégico para a nação só teremos chance nessa batalha, se soubermos estabelecer alianças importantes, como a que temos com o MST e o MAB”, revelou.

Com informações da Assessoria de Imprensa da FUP.

Foto: Assessoria de Imprensa da FUP.