Crise capitalista leva trabalhadores europeus às ruas

Crise capitalista e perda de direitos levam trabalhadores europeus às ruas em greve geral Lideranças do Movimento de Atingidos por Barragens em missão internacional na Europa participam das manifestações dos […]

Crise capitalista e perda de direitos levam trabalhadores europeus às ruas em greve geral

Lideranças do Movimento de Atingidos por Barragens em missão internacional na Europa participam das manifestações dos trabalhadores europeus que estão vivendo as greves consequências da crise mundial.

Um fantasma ronda a Europa. É o fantasma da crise capitalista, que atinge o povo.  Esse sentimento ficou claro hoje, 14/11, nas ruas de Bilbao, País Vasco, Espanha, local de origem da Iberdrola e outras transnacionais importantes.

Os manifestantes expressam em suas falas, um ‘tempo duro e complexo’, afirmam que a crise capitalista não é uma espécie de ‘fenômeno climático natural’ como querem os especuladores, dizem da vontade de ‘ não retroceder em direitos já conquistados e recuperar os direitos perdidos’, denunciam que ‘o esmagamento dos trabalhadores não pode ser a saída, pois são eles que produzem todas as riquezas, e manifestam ‘esperança na unidade da classe trabalhadora’. Importante ‘resgatar as pessoas e não os banqueiros’.

As manifestações em Bilbao fazem parte de uma greve geral convocada para toda a Europa, e aconteceram em diversos países.

As mesmas transnacionais e bancos que pressionam os governos europeus e dilapidam o chamado estado de bem estar social abrem negócios em países como o Brasil, conseguindo lucros extraordinários à custa da apropriação de bens naturais e da super exploração dos trabalhadores.

Não por acaso, nessa mesma semana, do outro lado do mundo, trabalhadores da Iberdrola, que no Brasil se apresenta como Neonergia, uma das proprietárias da obra de Belo Monte, se revoltam, fazem ações por melhores condições de trabalho e melhores salários.

A cortina de fumaça se desfaz. A classe trabalhadora dos diversos países do mundo é vítima do mesmo imperialismo econômico. Por isso é vital a solidariedade internacional de classe dos trabalhadores.

Segundo Claret Fernandes do MAB, em viagem internacional, as ações dos operários das obras de Belo Monte, novamente escancaram o grau de exploração que as empresas do capital submetem os trabalhadores, e que este modelo de construção de grandes obras, onde concentra grande número de trabalhadores em situações precárias, desumanas, fora do convívio familiar e social não é mais possível ser admitido num País como o Brasil.

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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