MAB e MST avançam nas negociações e desocupam a área da Fepagro em Vacaria

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), desocuparam na manhã de hoje (31) a área da Fepagro em Vacaria (RS). O motivo da desocupação é o avanço nas negociações com o governo do estado. Os integrantes dos movimentos sociais permaneciam no local desde o dia 26 de setembro.

Segundo Indianara Reis, do MAB, um dos motivos da ocupação era que a área  tem 370 hectares, sendo que menos de 02 hectares eram utilizados para pesquisa. O  restante da área estava arrendado para empresas particulares. As instalações estão depredadas, maquinários apodrecendo na chuva e as empresas privadas continuam usufruindo o patrimônio que é público e deveria estar servindo para fazer pesquisa para os agricultores da região.

Os movimentos afirmam que, se não houver avanços nos acordos feitos com o governo do estado, outras ocupações vão ocorrer.

Entenda porque os movimentos estão deixando a área:

1.      Foi acordada com a Fepagro uma nova forma de utilização da área:

• Acabando com os arrendamentos;
• Com pesquisas direcionadas para a realidade local, discutida com as entidades locais e regionais;
• Utilização da área pela Escola Técnica;
• Utilização de parte da área para agroindústrias e casa do mel;
• Utilização compartilhada do centro de formação existente na área;

Os movimentos continuarão reivindicando que parte desta área seja utilizada para assentar e reassentar as famílias do MAB e do MST.

2.       O governo estadual e o Incra se comprometeram a adquirir imediatamente algumas áreas para assentar as famílias, entre elas áreas em Sananduva, Charqueadas, São Borja e Bagé.

3.      O governo estadual e o Incra se comprometeram e apresentaram um cronograma de vistorias de novas áreas para reforma agrária no Rio Grande do Sul. Algumas áreas que serão vistoriadas estão localizadas nos municípios de Vacaria, Esmeralda, Pinhal da Serra e Lagoa Vermelha.