MAB debate complexo Garabi com as populações ribeirinhas
Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) estiveram na última quinta-feira (20) em Porto Mauá, Rio Grande do Sul, participando de um debate junto à população do município sobre […]
Publicado 21/10/2011
Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) estiveram na última quinta-feira (20) em Porto Mauá, Rio Grande do Sul, participando de um debate junto à população do município sobre os possíveis impactos sociais, econômicos e culturais com construção do Complexo Hidrelétrico Garabi. A atividade reuniu lideranças das comunidades, professores e alunos da rede pública municipal, padres da Igreja Católica, pastores da Igreja Evangélica Luterana, representante de sindicatos e vereadores.
Durante a atividade, os militantes do MAB forneceram informações sobre o andamento do projeto, relatando as experiências de mais de 20 anos do Movimento em relação à construção de barragens, respondendo perguntas e esclarecendo a população sobre como os atingidos são tratados durante e depois das construções das obras.
A população ribeirinha diz não ter conhecimento de dados oficiais sobre o projeto e não poder participar das decisões. Essa é a reclamação dos habitantes de Puerto Azara, comunidade de 65 famílias, que vive às margens do rio Uruguai do lado argentino. Ninguém veio nos consultar se queremos barragens em nosso rio, se queremos morar em outro lugar. Somos contra as barragens e iremos resistir, diz uma das moradoras.
Segundo Neudicléia de Oliveira, militante do MAB, se houver mesmo a construção das usinas é provável que centenas de famílias sejam desabrigadas com a criação do lago, devido ao relevo plano encontrado na região.
Além de Porto Mauá, o MAB, junto com as igrejas Católica e Luterana, realizou nesta semana reuniões nos municípios de Tiradentes do Sul, Alecrim e São Luiz Gonzaga.