Atingidos por Itá falam de problemas em audiência pública
Os atingidos por barragens vão cobrar da empresa Tractebel as pendências que ficaram na construção da hidrelétrica de Itá O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), participa hoje (21) de […]
Publicado 21/10/2011
Os atingidos por barragens vão cobrar da empresa Tractebel as pendências que ficaram na construção da hidrelétrica de Itá
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), participa hoje (21) de uma audiência pública sobre o uso do lago da barragem de Itá para fins de turismo e lazer. A audiência ocorre no Clube Cruzeiro, em Itá, Santa Catarina.
Os atingidos por Itá irão apresentar os problemas decorrentes da barragem e falar das pendências que ficaram após a construção. Do ponto de vista dos atingidos, o turismo e o lazer são importantes para o desenvolvimento da região, mas também são necessários incentivos para a produção de comida, acesso a projetos na área da pesca, moradia, esporte, entre outros, para melhorar a qualidade de vida da população.
Antes da construção da barragem, os ribeirinhos tinham acesso a tudo isso, porque existiam as grandes comunidades rurais, com toda a estrutura, desde campo de futebol até terra para o plantio de suas lavouras. Com a vinda da barragem, os agricultores, além de perderem suas terras, ficaram sem suas comunidades, e hoje estão procurando formas para se manter no campo.
Além disso, uma das grandes reclamações é que os agricultores não tem acesso ao lago da barragem, privatizado pela empresa Tractebel. Não se pode pescar nem dar água aos animais no local.
Outro problema que os ribeirinhos estão sofrendo é a qualidade de energia elétrica em suas propriedades. As empresas que fazem a distribuição de energia não fazem a manutenção adequada, o que provoca queda da luz quando ligam os equipamentos, por exemplo, para ordenhar os animais que produzem leite.
A audiência foi agendada pelo presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina, deputado Gelson Merisio, e pelo presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente, deputado Neodi Saretta, com a empresa dona da hidrelétrica, Tractebel.