MAB e MST estão acampados a mais de quatro meses no sul

Cerca de 150 famílias integrantes do MAB e do MST estão acampados no município de Cerro Negro, em Santa Catarina, desde o mês de junho. Com o acampamento, os agricultores […]

Cerca de 150 famílias integrantes do MAB e do MST estão acampados no município de Cerro Negro, em Santa Catarina, desde o mês de junho. Com o acampamento, os agricultores tem o objetivo de pressionar por Reforma Agrária e para que a empresa Triunfo, dona da barragem de Garibaldi, reconheça as famílias como atingidas. A empresa Triunfo é sócia majoritária do Consórcio Rio Canoas Energia e até agora não tem aberto negociações com os acampados.


De acordo com os relatos dos agricultores atingidos pela barragem, a empresa se nega a reunir-se com as famílias para negociar. Além disso, a empresa não está aplicando o Decreto Presidencial nº 7.342, de 26 de outubro de 2010, que garante o cadastro sócio econômico das famílias atingidas por barragens. “A empresa está fazendo apenas um laudo técnico e de acordo com seus próprios critérios e não como consta no decreto. O que consideramos mais grave é que os agricultores não conseguem ter acesso a esses laudos feitos pela empresa”, denunciam os agricultores.


O MAB estima que mais de 1000 famílias serão atingidas pela barragem de Garibaldi. O movimento está preocupado com a postura da empresa Triunfo, pois ela está usando o mesmo tratamento aplicado pelas demais empresas nas barragens do sul, tratamento este que não considera o direito das famílias atingidas. 


As famílias permanecerão acampadas até a resolução desse problema. “Queremos e temos o direito de nos mantermos em nossa terra, produzindo alimentos saudáveis para nossas famílias e  trazendo renda para município de Cerro Negro” diz Denilson Ribeiro, atingido pela barragem de Garibaldi.