MAB e MST estão acampados a mais de quatro meses no sul
Cerca de 150 famílias integrantes do MAB e do MST estão acampados no município de Cerro Negro, em Santa Catarina, desde o mês de junho. Com o acampamento, os agricultores […]
Publicado 13/10/2011
Cerca de 150 famílias integrantes do MAB e do MST estão acampados no município de Cerro Negro, em Santa Catarina, desde o mês de junho. Com o acampamento, os agricultores tem o objetivo de pressionar por Reforma Agrária e para que a empresa Triunfo, dona da barragem de Garibaldi, reconheça as famílias como atingidas. A empresa Triunfo é sócia majoritária do Consórcio Rio Canoas Energia e até agora não tem aberto negociações com os acampados.
De acordo com os relatos dos agricultores atingidos pela barragem, a empresa se nega a reunir-se com as famílias para negociar. Além disso, a empresa não está aplicando o Decreto Presidencial nº 7.342, de 26 de outubro de 2010, que garante o cadastro sócio econômico das famílias atingidas por barragens. A empresa está fazendo apenas um laudo técnico e de acordo com seus próprios critérios e não como consta no decreto. O que consideramos mais grave é que os agricultores não conseguem ter acesso a esses laudos feitos pela empresa, denunciam os agricultores.
O MAB estima que mais de 1000 famílias serão atingidas pela barragem de Garibaldi. O movimento está preocupado com a postura da empresa Triunfo, pois ela está usando o mesmo tratamento aplicado pelas demais empresas nas barragens do sul, tratamento este que não considera o direito das famílias atingidas.
As famílias permanecerão acampadas até a resolução desse problema. Queremos e temos o direito de nos mantermos em nossa terra, produzindo alimentos saudáveis para nossas famílias e trazendo renda para município de Cerro Negro diz Denilson Ribeiro, atingido pela barragem de Garibaldi.