MAB e MST ocupam área da Fepagro no RS
Cerca de 200 agricultores do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam nesta manhã (26) uma área da Fundação Estadual de […]
Publicado 26/09/2011
Cerca de 200 agricultores do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam nesta manhã (26) uma área da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), em Vacaria (RS). O objetivo é pressionar o governo a fazer a reforma agrária e denunciar a subutilização da terra e o uso de agrotóxicos no local.
Segundo os movimentos, nos últimos anos esta área de terra de aproximadamente 370 hectares está praticamente abandonada. Por volta de 10% da área é usada por arrendatários e para algumas pesquisas de produção de agrotóxicos.
Ao invés de ficar desocupada, ou servir para a produção de experimentos que fazem mal à população, a proposta dos movimentos é colocar famílias para viver, trabalhar e produzir alimentos nessa terra. Além disso, a idéia é transformar a área em um centro de pesquisa voltado para a realidade agrícola da região.
Muitos dos agricultores que ocuparam o local são atingidos pelas barragem de Barra Grande, Machadinho e algumas PCHs da região.
Eu apoio essa ação, porque essa área deve servir para a produção de alimentos saudáveis, e isso beneficiará a população de Vacaria e região. Além disso, essa ação é legítima e feita por organizações que visam o bem estar social, afirmou o padre Elizeu Vecenzi.
Mais ocupações
Além de Vacaria, o MST realiza neste momento mais duas ocupações no Rio Grande do Sul. O MST está mobilizado nas regiões para pressionar os governos federal e estadual para realizar o assentamento imediato das mil famílias acampadas hoje no estado.
Na região de Porto Alegre, mais de 300 trabalhadores ocupam uma área na RS 040, próximo ao posto do pedágio de Viamão. O local foi motivo de investigação da Polícia Federal que neste ano encontrou mais de 2 toneladas de maconha na área. Já em Sananduva, mais de 200 trabalhadores rurais Sem Terra ocupam uma área com mais de 300 hectares.
Em abril, o governo do estado, depois de um acordo com o governo federal, se comprometeu a assentar as famílias acampadas. Foi assinado um “Termo de Compromisso” com os camponeses, mas nenhum assentamento foi realizado desde então.
As famílias só devem deixar os locais ocupados se os governos apresentarem soluções definitivas para o assentamento.
Com informações do MST