Movimentos organizam mais um Grito dos Excluídos e Excluídas em João Pessoa

Movimentos sociais do campo e da cidade, pastorais sociais e diversas organizações populares vão às ruas neste dia 06 de setembro, com concentração no Cassino da Lagoa as 13:30, com […]

Movimentos sociais do campo e da cidade, pastorais sociais e diversas organizações populares vão às ruas neste dia 06 de setembro, com concentração no Cassino da Lagoa as 13:30, com o lema: PELA VIDA GRITA A TERRA… POR DIREITOS, TODOS NÓS!

Segundo os organizadores, o Grito dos Excluídos e Excluídas reunirá esse ano mais de 1000 pessoas. Percorrerá várias ruas do centro de João Pessoa, terminando na Praça João Pessoa, onde será entregue um documento reivindicativo ao Governador do Estado.

O manifesto do Grito está dividido em seis eixos, com temas que foram discutidos e elaborados pelos movimentos sociais organizadores do ato. São eles: Meio Ambiente, Trabalho, Políticas Públicas, Combate à criminalização da Juventude e dos Movimentos Sociais, Direitos das Mulheres e do Movimento LGBT, Memória Mística e Utopia.

Os manifestantes denunciam as violências e assassinatos de mulheres e homossexuais; a criminalização que hoje sofrem os movimentos sociais e a juventude das periferias das grandes cidades; denunciam também os crimes ambientais e as mudanças no Código Florestal, que só intensificará a degradação da natureza impactando diversas populações tradicionais. O Grito denuncia ainda o desemprego, em especial de mulheres e jovens, a precarização das relações de trabalho e os baixos salários.

As principais reivindicações do 17º Edição do Grito dos Excluídos e Excluídas são:

     Por políticas públicas de educação, saúde, transporte e cultura que atinja todos os setores da sociedade, em especial as populações excluídas, e contra todas as formas de privatização desses serviços. 

     Pela não instalação da fábrica de cimento nas cidades de Conde e Alhandra, que causará graves impactos sociais e desalojará assentados da reforma agrária e quilombolas.

     Pela Reforma Agrária e políticas destinadas a agricultura familiar e a agricultura ecológica.

      Pelo combate a violência e ao tráfico de animais silvestres e domésticos.

     Por um maior número de delegacias da mulher no estado e pelo Juizado Especial da Mulher. 

     Pelo reassentamento das famílias atingidas pela construção da Barragem de Acauã, hoje em situação de extrema pobreza.

     Pela instalação das Frentes Emergenciais de Trabalho, política já existente em outros estados.

     Pelo passe livre no transporte público para estudantes, desempregados, portadores de HIV/AIDS, e pessoas com transtorno metal.

     Pela redução das tarifas públicas, em especial da água e da energia elétrica.

A caminhada sairá do anel interno da Lagoa seguindo pela Camilo de Holanda, Ponto Cem Réis, Praça do Bispo e General Osório, chegando à Praça João Pessoa, onde se encerrará. Durante esse trajeto serão feitas paradas para que os movimentos participantes possam fazer suas reivindicações e denuncias.

Segundo Rafaela Carneiro, integrante da Assembléia Popular e uma das organizadoras do ato, “o Grito é uma tradição entre os movimentos sociais e organizações populares, é o momento que os excluídos e excluídas tomam as ruas com suas palavras, suas músicas e seus berros de indignação e esperança”. 

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