Excluídos rejeitam mudanças no Código Florestal
Da Página do MST A 17ª edição do Grito dos Excluídos, que acontece neste ano em 25 estados, defende a participação popular em defesa do meio ambiente, com o lema […]
Publicado 06/09/2011
Da Página do MST
A 17ª edição do Grito dos Excluídos, que acontece neste ano em 25 estados, defende a participação popular em defesa do meio ambiente, com o lema Pela vida grita a terra… Por direitos todos nós.
Percebemos que cada vez mais a Semana da Pátria se torna uma Semana da Cidadania, uma semana de participação popular. A grandeza do Grito dos Excluídos é que ele permite que, em inúmeros municípios e regiões de nosso país, aconteçam atos, marchas, celebrações e manifestações com os mais diversos temas que afetam a vida dos excluídos do campo e da cidade, afirmou Ari Alberti, da coordenação nacional do Grito.
O foco dos protestos será a rejeição às mudanças no Código Florestal, que tramita no Congresso Nacional.
As entidades que participam do Grito dos Excluídos não aceitam as mudanças propostas pelo deputado Aldo Rebelo no legislação ambiental e avaliam que causará mais injustiças no campo e na cidade e beneficiar as grandes empresas do campo e os latifundiários.
Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales (SP), afirma que é necessário dar uma atenção especial para a Amazônia, cuja floresta deve ser preservada em 80%. Alertou ainda que é necessário chegar um Código Florestal exequível, que não criminalize os pequenos agricultores.
Para o membro da Coordenação Nacional do MST, Gilmar Mauro, um dos temas deste ano é a realização da Reforma Agrária. Ele avalia que o Grito aponta um novo horizonte, onde os trabalhadores estejam incluídos, com soberania e justiça social. Se queremos preservar a natureza para as futuras gerações e se queremos ter alimento saudável em nossa mesa, o caminho é a Reforma Agrária, defende.
O coordenador da 24ª Romaria dos Trabalhadores, José Efigênio de Paulo, chama a todos para participar da Romaria que acontece na Basílica de Aparecida. Serão todos bem-vindos na Romaria, será um grande espaço de debate sobre a nossa realidade, finalizou Efigênio.
Além da oposição às mudanças no Código Florestal, os temas que serão debatidos no Grito são Reforma Agrária e Urbana, os altos preços da energia elétrica, o tema da educação e a necessidade de regulação dos meios de comunicação social.