Movimento Sem Terra ocupa Incra de São Paulo
Por Maria Aparecida e Jade Percassi, da Página do MST Cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras acampados e assentados do MST do estado de São Paulo ocuparam a sede da […]
Publicado 03/08/2011
Por Maria Aparecida e Jade Percassi, da Página do MST
Cerca de 500 trabalhadores e trabalhadoras acampados e assentados do MST do estado de São Paulo ocuparam a sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), na manhã de hoje, 03 de agosto. O ato tem por objetivo pressionar o governo para a pauta da Reforma Agrária.
Desde junho deste ano, os trabalhos do órgão em São Paulo encontram-se completamente paralisados, aguardando a nomeação de um novo superintendente.
A pauta de reivindicações do Movimento no estado é antiga: desapropriação de terras, regularização dos assentamentos já existentes, assistência técnica, crédito para a produção, infraestrutura e negociação das dívidas das famílias assentadas.
Segundo Gilmar Mauro, da Direção Nacional do MST, O Incra de São Paulo não tem superintendente, não tem assistência técnica proporcional à demanda, não tem dinheiro. É mais fácil perguntarmos o que afinal temos para realizar a Reforma Agrária!.
A atividade integra a Jornada Nacional de Lutas das centrais sindicais, movimentos sociais e diversas organizações, que realizarão uma série de manifestações durante o mês de agosto.
É preciso compreender que a Reforma Agrária não depende apenas do MST, mas de toda a sociedade. Estamos reivindicando terra sim, mas também um outro modelo de produção que vai contra o que está sendo praticado pelas grandes empresas, com o apoio do Estado brasileiro. Trata-se de discutir se vamos continuar comendo esta comida envenenada, e que tipo de uso queremos dar aos nossos recursos naturais, que estão sendo transformados em mercadoria, afirma Gilmar.
Além desta ocupação, o MST participa do ato das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais realizado hoje na capital paulista. A pauta integrada contempla, entre outros pontos: 1) Redução da jornada de trabalho, sem redução salarial; 2) Destinação de 10% do PIB para a educação e 3) Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida.