MAB inicia produção de hortaliças em estufas em MG
Famílias atingidas pela barragem de Fumaça, construída na cidade de Diogo de Vasconcelos, na Zona da Mata de Minas Gerais, estão produzindo hortaliças em estufas. O projeto foi inspirado em uma experiência […]
Publicado 15/06/2011
Famílias atingidas pela barragem de Fumaça, construída na cidade de Diogo de Vasconcelos, na Zona da Mata de Minas Gerais, estão produzindo hortaliças em estufas. O projeto foi inspirado em uma experiência da Universidade Federal de Lavras (UFLA) que foi adaptada às condições locais. Estão sendo aproveitados materiais disponíveis na região, principalmente o bambu e a madeira, com o objetivo de baratear os custos. Cada estufa custa em média R$500,00.
A construção é feita em mutirão e os únicos materiais comprados são a lona, a tela plástica e uma pequena quantia de arame e prego. Já existem três estufas prontas, duas em reassentamentos da barragem de Fumaça e uma em Piranga. E outras mais seis estão em planejamento.
A qualidade superior da hortaliça produzida em sistema protegido e natural faz da estufa uma boa alternativa de complementação alimentar e de renda. Cada uma das unidades comporta, em média, 800 pés de alface, vendidas a R$0,90 a unidade. A maior parte da produção vai para a alimentação de estudantes nas escolas de Diogo de Vasconcelos.
Projeto auto-sustentável
Os recursos usados na construção das estufas vêm da contribuição direta das famílias, cuja implantação se iniciou na região em outubro de 2010. Todo o valor arrecadado mensalmente nos nove grupos de base vai para um fundo comum, distribuído da seguinte forma: 50% para a produção nas estufas, 30% para articulação e trabalho de base local e 20% para a regional Zona da Mata.
As famílias interessadas são selecionadas pela coordenação do MAB, pegam o valor a título de empréstimo, com prazo de um ano e meio para pagamento sem juros. Isso vai possibilitar um fundo rotativo, que beneficiará outras famílias.