MAB participa de acampamento da CMP no Ceará
Desde o dia 31 de maio, os movimentos que integram a Central de Movimentos Populares (CMP) do Ceará estão organizando o acampamento Dom Aloísio Lorscheider, em Fortaleza, Ceará. A data […]
Publicado 08/06/2011
Desde o dia 31 de maio, os movimentos que integram a Central de Movimentos Populares (CMP) do Ceará estão organizando o acampamento Dom Aloísio Lorscheider, em Fortaleza, Ceará. A data de 31 de maio, considerada o Dia Nacional de Lutas por Políticas Públicas, foi escolhida para dar início ao acampamento, pois uma das principais reivindicações dos manifestantes é avançar na política de habitação para a população da periferia da capital cearense.
Além disso, os acampados protestam contra a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS), manifestam solidariedade aos professores da rede municipal de ensino, que estão em greve por melhores condições salariais, e debatem sobre a importância e atualidade de avançar nas discussões sobre o projeto popular para as cidades.
Vivemos um déficit habitacional enorme em Fortaleza e, desde o início desta gestão municipal, não houve nenhuma família beneficiada. Queremos destravar esta pauta e eles não vão nos matar no cansaço, disse Francisco Nonato, militante da CMP.
O acampamento acontece em um terreno da prefeitura, cuja obra de revitalização de uma lagoa está parada a mais de três anos. No entanto, o local não é reivindicado para as moradias, já que se encontra em uma área de proteção permanente. Na sexta-feira passada, a prefeitura da capital convocou uma reunião, que não agradou os manifestantes. Querem nos enganar como fizeram nas outras vezes, nos chamaram para negociar, mas não deram garantia de moradia para ninguém. Portanto permaneceremos aqui, finalizou Nonato.
José Josivaldo Alves de Oliveira, da coordenação nacional do MAB, esteve no acampamento e disse que as lutas são sempre importantes para a classe trabalhadora, pois nenhum governo vai entregar ao trabalhador aquilo que lhe é de direito se não houver luta e pressão para isso. Sobre os diversos acampamentos que a CMP tem no Brasil, nós que somos da diversidade dos movimentos sociais (…) temos que apoiar e fazer com que eles multipliquem, concluiu.
Acompanhe o depoimento de Josivaldo na íntegra: