Assine o manifesto de apoio aos operários e atingidos pelas usinas de Jirau e Santo Antônio
Reforçamos o convite para que todas as organizações assinem o Manifesto de Apoio aos Operários e atingidos pelas Usinas de Jirau e Santo Antônio, hidrelétricas localizadas no Rio Madeira, em […]
Publicado 30/03/2011
Reforçamos o convite para que todas as organizações assinem o Manifesto de Apoio aos Operários e atingidos pelas Usinas de Jirau e Santo Antônio, hidrelétricas localizadas no Rio Madeira, em Rondônia.
Os operários estão em greve há vários dias e as duas obras estão totalmente paralisadas. É fundamental que a luta dos operários e atingidos nesta região seja vitoriosa, porque ali está em disputa o padrão de tratamento que as empresas tentam impor aos operários e atingidos, com baixos salários, péssimas condições de trabalho, altas jornadas, etc.
Ajude a massificar este manifesto e busque novos apoios. As organizações que quiserem assinar este manifesto podem enviar um email para: [email protected] ou [email protected].
Leia a seguir o manifesto:
Neste mês de março, acompanhamos a revolta e greve dos operários nas usinas de Jirau e Santo Antônio, localizadas no Rio Madeira, em Rondônia, sob responsabilidade respectivamente – das empresas Camargo Corrêa e Odebrecht. Várias outras revoltas semelhantes já haviam ocorrido e vêm ocorrendo em varias partes do Brasil.
Nós, do Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, da Plataforma BNDES e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Brasil), tomamos uma iniciativa conjunta com as demais organizações que assinam este documento, de manifestar solidariedade pública à legitima luta dos operários e atingidos destas duas usinas. Também estamos denunciando e reivindicando que o Tribunal Regional do Trabalho de Rondônia reveja sua decisão e cancele imediatamente a multa diária de R$ 50.000 sobre a organização dos operários (STICCERO/CUT) e reconheça a greve dos operários da Usina de Santo Antônio como legítima.
Os operários, assim como a população atingida, estão sendo vítimas de uma brutal exploração e pressão, imposta pelas empresas responsáveis por estas usinas, para acelerar a construção das obras e antecipar o final de sua construção. A grande maioria dos operários recebem salários extremamente baixos e são vítimas de longas jornadas de trabalho, péssimas condições de trabalho e segurança, violência e perseguição, acordos não cumpridos, transporte de péssima qualidade e ameaças constantes de demissão. Essa tem sido a realidade constante destes trabalhadores e trabalhadoras que, através de suas greves e mobilizações, vêm denunciando e cobrando soluções imediatas.
No caso da usina de Jirau, havia uma previsão estimada pelas próprias empresas, de antecipação de um ano na sua construção final. Significa que o ritmo de construção e trabalho foi acelerado em torno de 25%, para além da previsão do previsto como normal pelas próprias empresas no início da obra. Esta antecipação trará como benefício às empresas a diminuição dos custos com os operários em valores próximos a um bilhão de reais e as empresas também ganharão o direito de vender esta energia previamente gerada no mercado livre, que significará em torno de R$ 190 milhões de faturamento a cada mês de antecipação. E se realmente for construída com um ano de antecedência, significa um faturamentodeR$ 2,4 bilhões, algo próximo ou equivalente a R$ 120 mil/operário. Em troca, os trabalhadores estão recebendo das empresas a superexploração, com baixos salários, jornadas extenuantes, restrição às folgas e péssimas condições de trabalho e o risco de demissão em massa ao final da construção.
Portanto, nos colocamos em total apoio à luta e às reivindicações dos operários e dos atingidos por estas obras e exigimos a imediata solução à seus problemas e reivindicações.
ASSINAM:
Movimento dos Atingidos por Barragens MAB
Plataforma BNDES
CUT
Conticom/CUT Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira da CUT
Movimento dos Pequenos Agricultores MPA
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra MST
Associação Nacional dos Estudantes de Engenharia Florestal ABEEF
Movimento de Mulheres Camponesas MMC
Comissão Pastoral da Terra – CPT
Conselho Indígena Missionário – CIMI
Pastoral da Juventude Rural
Centro de Defesa da Criança de do Adolescente Maria dos Anjos
Rede Brasileira pela Integração dos Povos – Rebrip
Associação Missão Trembembé – AMIT
FOBOMADE – Bolívia
Comitê Nacional de Enfrentamento á Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes
Fase – Solidariedade e Educação
Pañuelos en Rebeldía – Equipo de Educación Popular
Assembléia Popular
Marcha Mundial das Mulheres
Sind. Eletricitários de Florianópolis e Região/SC SINERGIA
Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte – GPEA-UFMT
Instituto Caracol
Sismuc – Sindicato dos Servidores Publicos Municipais de Curitiba
Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público de SC – Sintespe
Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente – ANCED
Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental – REMTEA
Associação dos Docentes de Ensino Superior de Santa Catarina – ADESSC
Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior – Andes
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia – STICCERO
Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário no Estado de Rondônia – SINTTRAR
Sindicato dos Taxistas e dos Transportes Escolares, Turísticos e Fretamento – Sintax
Comissão de Justiça e Paz – CJP
Associação dos Docentes da Fundação Universidade Federal de Rondônia – Adunir