Movimentos sociais se mobilizam contra uso de veneno, no Ceará
Ontem (12/05) o MAB, MST, pastorais sociais e estudantes fizeram um ato público, com 600 pessoas, no município de Limoeiro do Norte, no interior do Ceará, em defesa da lei […]
Publicado 13/05/2010
Ontem (12/05) o MAB, MST, pastorais sociais e estudantes fizeram um ato público, com 600 pessoas, no município de Limoeiro do Norte, no interior do Ceará, em defesa da lei que proíbe a pulverização aérea de lavouras pelas empresas de fruticultura irrigada na região do Baixo Jaguaribe.
Pela manhã, foi realizada uma marcha, com a distribuição de panfletos, para denunciar o impacto do avanço do agronegócio na região da Chapada do Apodi. Na mística, foi plantada uma árvore em memória ao trabalhador Zé Maria, assassinado há 22 dias.
“Convocamos a população para se manifestar pela manutenção da lei criada em 2009, que proíbe a utilização de agrotóxicos por pulverização aérea”, disse uma das coordenadoras da mobilização.
A agricultura brasileira nunca usou tanto veneno quanto em 2009. O consumo de agrotóxicos ultrapassou a cifra de 1 milhão de toneladas de veneno, ou seja, mais de 5 kg por habitante por ano. Isso significa o equivalente a uma utilização de 22,3 quilos de agrotóxico por hectare na safra 2009/10.
Na Câmara do Município de Limoeiro do Norte, a audiência pública sobre lei contra a pulverização se transformou em um ato político. Os manifestantes cobraram também a punição dos assassinos de Zé Maria.
Os vereadores aprovaram a lei que impede a pulverização, que está em vigor. No entanto, a prefeitura do município pretende revogá-la. À tarde, os manifestantes participaram da audiência pública no auditório da FAFIDAM.