Atingidos por barragens marcham rumo ao canteiro de obras da UHE Foz de Chapecó
Mais de 600 agricultores organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens, no Movimento dos Pequenos Agricultores e no MST, acampados na comunidade do Saltinho, no município de Águas de Chapecó, […]
Publicado 17/03/2010
Mais de 600 agricultores organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens, no Movimento dos Pequenos Agricultores e no MST, acampados na comunidade do Saltinho, no município de Águas de Chapecó, marcham em direção ao canteiro de obras da Hidrelétrica de Foz de Chapecó nesta manhã (17).
Eles querem chamar a atenção da sociedade sobre a desestruturação das comunidades em função da barragem e denunciar a violação dos direitos dos atingidos no processo de instalação dessa e de outras obras construídas em toda a região. Estão participando do acampamento os atingidos pelas hidrelétricas de Itá, Machadinho, Monjolinho, Itapiranga e Foz de Chapecó.
Na BR 116, em Capão Alto/SC (próximo ao trevo de Lages), aproximadamente 1500 atingidos estão acampados desde ontem (16). Nesta manhã, será discutido um plano de recuperação e desenvolvimento das comunidades atingidas. O Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agrária (INCRA) está no acampamento cadastrando todas as famílias que perderam suas terras devido à construção das grandes barragens.
Passa de 2.000 o número de atingidos por barragens acampados na região sul
Ontem, cerca de 800 pessoas foram acampar em Capão Alto. Hoje já passam de 1.500 atingidos mobilizados. Na comunidade do Saltinho, próximo ao canteiro de obras de Foz do Chapecó, permanecem acampados cerca de 600 atingidos.