MAB se reúne com Samarco, Vale e governo de MG
Na última sexta-feira (11), após o trancamento de 35 horas da linha férrea Vitória-Minas, de propriedade da Vale, o Movimento dos Atingidos por Barragens conquistou uma reunião com a Samarco, […]
Publicado 15/03/2016
Na última sexta-feira (11), após o trancamento de 35 horas da linha férrea Vitória-Minas, de propriedade da Vale, o Movimento dos Atingidos por Barragens conquistou uma reunião com a Samarco, Vale e governo de Minas para obter respostas concretas das pautas dos atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco.
Com a presença de atingidos de toda a bacia do Rio Doce, desde Mariana até Colatina (ES), as principais pautas discutidas foram: o recadastramento dos atingidos; construção de captação alternativa de água para os municípios do rio Doce, visto que há várias reclamações sobre a qualidade da água e alergias; participação dos atingidos e, junto a isto, a revisão do acordo assinado entre empresa e governos estaduais e federal, pois este não prevê a participação dos atingidos nas decisões; equipe técnica escolhida pelos atingidos e custeada pela empresa para garantir a produção e construção de outras atividades de geração de renda para aqueles atingidos que dependiam do rio.
Os representantes das empresas apresentaram a mesma conversa que se repete nas comunidades, de que a Samarco está fazendo o que deve ser feito. A empresa disse não a todos os pontos requeridos e jogou a pauta para dentro do acordo com o governo.
No entanto, o Movimento dos Atingidos por Barragens sabe que este acordo exclui os atingidos das decisões, além de ter sérias armadilhas, por exemplo, a indenização de CNPJ. Com este ponto, a Samarco pode priorizar a indenização da UHE Risoleta Neves, de propriedade da Vale e Cemig e a Cenibra, grande empresa de celulose.
Para o MAB, esta reunião deixa claro aos atingidos de toda a bacia do Rio Doce que somente a organização, união e luta do povo poderá garantir seus direitos.