No RS, Mulheres do MST e do MAB continuam hoje negociação com SDR
por Catiana de Medeiros Mais de cem mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB) retornam nesta quinta-feira (10), ao meio-dia, na […]
Publicado 10/03/2016
por Catiana de Medeiros
Mais de cem mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB) retornam nesta quinta-feira (10), ao meio-dia, na Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural (SDR), em Porto Alegre (RS), para obter retorno da pauta de reivindicações apresentada na tarde de ontem para o secretário-adjunto Iberê de Mesquita Orsi.
Entre as principais demandas das camponesas está o incentivo à produção agroecológica através da proibição do uso do agrotóxico 2,4-D e da pulverização aérea em assentamentos, além de seminário estadual para discutir o impacto dos venenos nas áreas de reforma agrária.
Elas exigem ainda a renovação e ampliação do Programa Quintais Sustentáveis; execução imediata do Programa Camponês; anulação da titulação das áreas de assentamentos; acesso à água potável a maioria dos assentamentos tem água imprópria para o consumo humano; manutenção das estradas e construção de escolas; financiamento de um programa estadual de proteção das nascentes; desapropriação de áreas estaduais para reforma agrária, entre outras questões.
Sabemos das dificuldades e que a atual conjuntura do Estado não permite muitos avanços nas pautas dos trabalhadores camponeses, mas a expectativa é que elas sejam atendidas, principalmente aquelas que dizem respeito aos incentivos para a produção de alimentos sadios e melhorias em nossos assentamentos, diz Sílvia Reis Marques, dirigente do MST.
A reunião com a SDR faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas, que mobilizou mais de 30 mil pessoas em 23 estados nos últimos dias. No RS, 1.200 mulheres ocuparam na terça-feira (8) o pátio da Yara Fertilizantes e o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Elas continuam acampadas na autarquia e ainda não há previsão para deixarem o local.