A resposta dos trabalhadores

Hoje foi um dia histórico para a classe trabalhadora. Uma multidão saiu às ruas em todo o Brasil, em defesa da democracia, contra o golpe e os ajustes fiscais e, […]

Hoje foi um dia histórico para a classe trabalhadora. Uma multidão saiu às ruas em todo o Brasil, em defesa da democracia, contra o golpe e os ajustes fiscais e, contra Eduardo Cunha.

Em São Paulo, mais de 100 mil pessoas tingiram a Av. Paulista de vermelho.

Movimentos sociais, centrais sindicais, organizações populares e trabalhadores de diversos setores se juntaram em uma unidade histórica para a esquerda brasileira.

O ato foi uma espécie de resposta ao processo de impeachment organizado pelos setores mais conservadores da sociedade brasileira. Diferente dos últimos atos convocados pela direita, repletos de preconceito e ideias fascistas, com pouca adesão da classe trabalhadora e um reduzido número de participantes, o ato de hoje conseguiu unir os verdadeiros trabalhadores numa manifestação unitária e de forte adesão popular.

Segundo Sonia Maria Santos, da Marcha Mundial das Mulheres, o “impeachment”, além de representar um golpe da burguesia nacional, também tem a ver com a questão de gênero.

“A direita do Brasil é fascista, racista e misógina, sabemos que o ódio que eles tem a Dilma é devido ao fato dela ser mulher e ser uma mulher lutadora”, afirmou Sônia.

Guilherme Boulos do MTST destacou a importância da unidade da esquerda, mas lembrou das medidas tomadas pelo governo neste ano.

“Nesse momento vamos nos unir contra os ‘coxinhas’, mas lembramos que o ato também é contra o ajuste fiscal, portanto não concordamos com as políticas adotadas pelo governo no último período, sobretudo pela figura de Joaquim Levy”, afirmou Boulos.

Na mesma linha, Gilmar Mauro do MST completou;

“Vamos lutar contra o golpe até o fim, mas também chegou a hora desse governo de fato ouvir a voz dos trabalhadores”, afirmou o dirigente do MST.

O MAB também estava presente no ato pela democracia, Gilberto Cervinski, da coordenação nacional ressaltou a importância da luta contra o ajuste fiscal:

“Nós queremos que esse ajuste seja aplicado aos ricos e não a classe trabalhadora. Essa luta é contra as elites ricas do país que sempre querem explorar mais o povo brasileiro”, concluiu.

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