Mais de 6 mil pessoas se mobilizam em defesa da soberania nacional e Reforma Política, em Porto Alegre
Nesta quinta-feira (12), ao meio dia, mais de 6 mil trabalhadores e trabalhadoras de vários movimentos sociais e sindicais, partidos e entidades de esquerda do campo e da cidade, participaram […]
Publicado 13/03/2015
Nesta quinta-feira (12), ao meio dia, mais de 6 mil trabalhadores e trabalhadoras de vários movimentos sociais e sindicais, partidos e entidades de esquerda do campo e da cidade, participaram de um Ato histórico, em defesa do Plebiscito Constituinte da Reforma Política, da Petrobrás e da democracia, em frente ao Palácio Piratini, na Praça da Matriz, Centro de Porto Alegre (RS).
Durante o ato, o coordenador nacional da Via Campesina, João Pedro Stédile, defendeu a necessidade de a Petrobrás continuar sendo uma empresa do povo brasileiro, a serviço da soberania e do desenvolvimento nacional e não das multinacionais norteamericanas.
Ele também cobrou a convocação imediata de um Plebiscito Constituinte para a Reforma Política, que devolva ao povo o direito de escolher seus representantes sem a ingerência do poder econômico.
O Congresso tem que aprovar o projeto da coalização democrática que prevê o fortalecimento dos partidos, o voto em lista, à proibição dos financiamentos de campanha e o direito do povo de autoconvocar plebiscito. E aprovar a convocação de um plebiscito para a convocação de uma Assembleia Constituinte no país, defende Stédile.
O secretario nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Quintino Severo, também defende a urgência de uma Reforma Política democrática, para acabar com o financiamento privado de campanha, que torna os governos subalternos aos interesses do capitalismo.
O único caminho para a democracia e o fim da corrupção é uma reforma política. Para isso temos que continuar fazendo o debate com a população e pressionando o Congresso Nacional. Somente com o povo na rua vamos continuar o projeto de melhoria de vida da classe trabalhadora, que estamos construindo há mais de 30 anos, conclama Severo.
Segundo Stédile, a democracia no Brasil foi sequestrada pelo capital financeiro, que financia políticos para defender seus interesses no Congresso. Os balanços financeiros divulgados pelos partidos nas ultimas eleições demonstram que dez empresas brasileiras elegeram 70% do Congresso Nacional.
Por isso, hoje não temos mais parlamentarem que representam os partidos, mas a bancada ruralista, da Gerdau, Vale, da bala, menos a bancada da classe trabalhadora. Segundo, dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), hoje o país possui o Congresso mais conservador, desde 1964, período da ditadura militar.
Reforma Agrária
Stédile cobrou ainda a promessa que a presidente Dilma fez aos camponeses e camponesas do MST, em assentar todas as famílias acampadas no país, mas não cumpriu até o momento. E convocou os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros a continuar ocupando as ruas e praças, para exigir a continuidade da democracia e melhoria nas condições de vida da população.