Movimentos escracham deputados tucanos por falta d’água em SP
Na manhã desta terça-feira (21), militantes de movimentos populares escracharam, na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), parlamentares tucanos pela falta de água em São Paulo. O ato aconteceu em […]
Publicado 21/10/2014
Na manhã desta terça-feira (21), militantes de movimentos populares escracharam, na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), parlamentares tucanos pela falta de água em São Paulo.
O ato aconteceu em frente ao gabinete do atual presidente da ALESP, o deputado Samuel Moreira (PSDB), com o objetivo de denunciar a responsabilidade do atual governo sobre o racionamento de água no estado.
No município de São Paulo, 60% dos paulistanos já sofreram interrupção no fornecimento de água no último mês, segundo pesquisa realizada na última sexta-feira (17) pelo instituto Datafolha.
Com uma bateria improvisada em dezenas de baldes vazios, os manifestantes cantaram uma marchinha pelos corredores da Assembleia para apontar os culpados pela crise: Falta de água, eu não me engano, a culpa é dos tucanos.
Para o integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Jadir Bonacina, a política tucana de beneficiar os acionistas é a chave para entender a questão da água. O único compromisso do governo do PSDB é com os acionistas da Sabesp, que já receberam bilhões de reais à custa da população, afirmou.
A partir de 2002, quando Geraldo Alckmin já era governador do estado, as ações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) foram privatizadas e entraram nas negociações da Bolsa de Valores de São Paulo e Nova York.
Desde então, foram repassados cerca de um terço do lucro líquido da empresa para acionistas privados. Entre 2003 e 2013 foram repassados aproximadamente 4,3 bilhões de reais em dividendos, o dobro do que a Sabesp investe anualmente em saneamento.
Além do MAB, estavam presentes integrantes da Consulta Popular, Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Levante Popular da Juventude, Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Sinergia-Campinas (CUT).
Seminário discute falta de água na ALESP
Pouco antes do escracho, foi realizado o debate Falta de água em São Paulo, no auditório Teotônio Vilela da Assembleia Legislativa, promovido pela bancada parlamentar do PT.
Durante o evento, mediado pelo deputado estadual Adriano Diogo (PT), o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, denominou como pré-tragédia a utilização do segundo volume morto e criticou a atitude do governador. Ele [Alckmin] teria que assumir que existe um racionamento, sugeriu.