Famílias ameaçadas por Garabi e Panambi avançam nas negociações e desocupam escritório da empresa
Os integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que ocupavam o escritório do Consórcio Energético Rio Uruguai desde a última quarta […]
Publicado 30/05/2014
Os integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que ocupavam o escritório do Consórcio Energético Rio Uruguai desde a última quarta feira (28) em Alecrim, Rio Grande do Sul, decidiram desocupá-lo na noite de ontem (29). A decisão veio após audiência realizada entre representantes do MAB e a Secretaria Geral da Presidência, em Brasília, onde o Governo se compromete em marcar uma reunião de negociação nos próximos dias entre os atingidos, a Eletrobras, responsável pela construção da obra, e o governo do estado.
As famílias reivindicam o cancelamento imediato das obras que estão sendo projetadas nos municípios de Garruchos e Alecrim, no trecho internacional do Rio Uruguai, entre o Brasil e a Argentina.
Mesmo com a represália da força policial e da empresa responsável por fazer os estudos ambientais e de engenharia das obras do Complexo Binacional Hidrelétrico Garabi, as famílias que estão sendo ameaçadas pela construção das obras permaneceram dois dias acampadas e ocupando o escritório.
A população e as entidades estão repudiando a construção das barragens devido aos inúmeros problemas sociais e ambientais que já foram causados nas outras hidrelétricas construídas na bacia do Rio Uruguai. Um exemplo recente é a UHE Belo Monte, que está sendo construída no Pará, onde acontecem inúmeras mobilizações pela insatisfação da sociedade em relação aos transtornos causados pela obra e ao descaso da empresa.
Os agricultores afirmam que as mobilizações continuarão.