Famílias ameaçadas por Garabi e Panambi avançam nas negociações e desocupam escritório da empresa

Os integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que ocupavam o escritório do Consórcio Energético Rio Uruguai desde a última quarta […]

Os integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que ocupavam o escritório do Consórcio Energético Rio Uruguai desde a última quarta feira (28) em Alecrim, Rio Grande do Sul, decidiram desocupá-lo na noite de ontem (29). A decisão veio após audiência realizada entre representantes do MAB e a Secretaria Geral da Presidência, em Brasília, onde o Governo se compromete em marcar uma reunião de negociação nos próximos dias entre os atingidos, a Eletrobras, responsável pela construção da obra, e o governo do estado.

As famílias reivindicam o cancelamento imediato das obras que estão sendo projetadas nos municípios de Garruchos e Alecrim, no trecho internacional do Rio Uruguai, entre o Brasil e a Argentina.

Mesmo com a represália da força policial e da empresa responsável por fazer os estudos ambientais e de engenharia das obras do Complexo Binacional Hidrelétrico Garabi, as famílias que estão sendo ameaçadas pela construção das obras permaneceram dois dias acampadas e ocupando o escritório.

A população e as entidades estão repudiando a construção das barragens devido aos inúmeros problemas sociais e ambientais que já foram causados nas outras hidrelétricas construídas na bacia do Rio Uruguai. Um exemplo recente é a UHE Belo Monte, que está sendo construída no Pará, onde acontecem inúmeras mobilizações pela insatisfação da sociedade em relação aos transtornos causados pela obra e ao descaso da empresa.

Os agricultores afirmam que as mobilizações continuarão.

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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