CNBB apoia luta dos atingidos

Historicamente padres, bispos e irmãs religiosas estiveram juntos nas lutas dos atingidos por barragens em todo o Brasil, inclusive na fundação do MAB, nos anos 80. Recentemente, a CNBB lançou duas cartas em apoio à luta dos atingidos. Em uma delas, a Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade da Justiça e da Paz afirma a importância da organização do Movimento e da “luta pelos direitos das populações atingidas, em defesa do meio ambiente e por outro modelo de produção de energia, onde o homem e a natureza sejam respeitados”.

Segundo a carta, os grandes projetos do capital andam cada vez mais velozes, não respeitam a vida das pessoas, seus territórios e sua cultura e destroem o meio ambiente em nome do lucro e da ganância. “Diante deste quadro consideramos necessária, justa e legítima, a organização e a luta das populações. Somente com muita união, organização e ânimo, é possível fazer a voz das vítimas, que tem seus direitos violados, ser ouvida e respeitada”, afirma.

Outra carta foi direcionada ao ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, e pede que a Secretaria não meça esforços para que se possa avançar em medidas concretas, estruturantes e emergenciais, no sentido de ir sanando a dívida histórica que o Estado brasileiro tem para com as populações atingidas por barragens. “Faz-se necessário apontar realizações concretas na melhoria das condições de vida dos atingidos, além da instituição da Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas, como parâmetro para garantir que novas violações de direitos não sejam cometidas nas obras futuras”.

O Movimento dos Atingidos por Barragens agradece todo o apoio da CNBB neste momento importante de luta pela conquista da Política Nacional de Direitos e motiva todos seus militantes para que nas comunidades se insiram nas ações propostas pela CNBB, tais como a Semana Social Brasileira, Campanhas da Fraternidade entre outras.