Levante reúne três mil jovens em São Paulo

Aproximadamente 3 mil jovens irão se reunir no Parque CEMUCAM (Centro Municipal de Campismo), localizado em Cotia, no km 25 da Rodovia Raposo Tavares, onde ocorrerá o 2º Acampamento Nacional […]

Aproximadamente 3 mil jovens irão se reunir no Parque CEMUCAM (Centro Municipal de Campismo), localizado em Cotia, no km 25 da Rodovia Raposo Tavares, onde ocorrerá o 2º Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude, entre os dias 17 e 21 de abril.

O evento é autoconstruído e colaborativo, e contará com mesas de formação política para os jovens militantes e dezenas de oficinas, com técnicas de agitação e propaganda utilizadas nas ações do movimento. Delegações de 20 Estados do Brasil estarão presentes, além de representantes de outros países da América Latina, como Venezuela, Cuba, Uruguai e Argentina.

Levante Popular da Juventude                          

O Levante Popular da Juventude é um movimento social composto por jovens de todo o Brasil, estejam eles no campo, na periferia dos centros urbanos ou nas escolas e universidades.

Surgido no Rio Grande do Sul em 2006, o movimento se nacionalizou em 2012, após o 1º Acampamento Nacional, ocorrido em Santa Cruz do Sul (RS), e hoje está presente em 20 estados do Brasil. São exemplos de suas ações os escrachos realizados contra torturadores da ditadura militar, a luta por cotas nas universidades públicas, os atos “Fora Globo” pela democratização da comunicação, o ato contra o “propinoduto tucano” e, mais recentemente, os “rolezinhos” contra as encoxadas no metrô de São Paulo.

A bandeira política do movimento se traduz no chamado Projeto Popular, que representa uma profunda transformação da sociedade, segundo a qual se procura atingir a relação de exploração e exclusão em que estão calcadas as estruturas políticas, econômicas e sociais do Brasil, manifestadas, por exemplo, na concentração de terras na área rural, no oligopólio dos meios de comunicação, na precarização ou privatização crescente dos serviços públicos de saúde, educação e transporte, na especulação financeira e imobiliária dos centros urbanos, bem como no machismo, no racismo e no preconceito nitidamente existentes nas relações sociais pretéritas e atuais.

Em suas articulações com outros movimentos, o Levante cultiva relações com movimentos da Via Campesina, especialmente o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), bem como com a Marcha Mundial das Mulheres (MMM). 

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