Eletricitários e movimentos Sociais realizam atos a favor da renovação das concessões sem prejuízo aos trabalhadores

Nesta terça-feira (13 de novembro), as entidades ligadas aos trabalhadores do setor elétrico e movimentos sociais promovem panfletagens em frente às estatais do setor para defender ajustes na Medida Provisória 579.

Na avaliação dos manifestantes, a Medida Provisória traz alguns avanços, mas também limites. Como avanços, estão a própria renovação das concessões, impedindo um aprofundamento da privatização do setor, e a intenção de reduzir o preço da energia.

Como limites, as entidades apontam que a redução de tarifa beneficiou mais os empresários (grandes consumidores) que as residências, além de não proteger os trabalhadores do setor, que já estão ameaçados de demissões para cortes de custos das empresas.

Os objetivos das entidades são:

– Garantir que a redução nos preços da energia para as famílias de fato aconteça,

 – Garantir que a diminuição nos preços da energia e dos encargos para a indústria seja repassada nos preços dos produtos aos consumidores, e não servir somente para aumentar o lucro das empresas e

– Manter os direitos conquistados pelos trabalhadores do setor, não precarizar o trabalho e não terceirizar os serviços.

Em São Paulo, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Federação Nacional dos Urbanitários ( FNU), o Sinergia e a Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental (FNSA) estarão na porta da Companhia Energética de São Paulo (CESP), divulgando material da campanha em defesa do setor elétrico, contra a privatização e a precarização do trabalho e pela redução da tarifa de energia. Além disso, o Sinergia vai realizar uma série de atividades nos locais de trabalho em vários pontos do Estado esclarecendo, debatendo e preparando os trabalhadores para os próximos desafios que virão pela frente.

Já em Porto Alegre, o Sindipetro, a Central Único dos Trabalhadores (CUT), o Levante Popular da Juventude e o MAB vão fazer uma panfletagem em frente à Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). O objetivo da atividade é informar os funcionários da estatal sobre a atual situação das renovações das concessões de energia.

Em Florianópolis, os trabalhadores ligados ao Sinergia farão assembleias em frente à Eletrosul e a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).

As entidades que promovem as panfletagens se articulam através da Plataforma Operária e Camponesa para a Energia, que nacionalmente inclui o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU/CUT), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e os sindicatos Sinergia (Florianópolis), Sindieletro (Minas Gerais) e Senge (Curitiba). 

Informações à imprensa: (54) 8101-7170 (Neudicléia)