Preparação para o Grito dos Excluídos já começou
Por Natasha Pitts, da Adital O Grito dos Excluídos – mobilização nacional que acontece em todo o Brasil no dia 7 de setembro – já está tomando forma. Em várias […]
Publicado 31/07/2012
Por Natasha Pitts, da Adital
O Grito dos Excluídos – mobilização nacional que acontece em todo o Brasil no dia 7 de setembro – já está tomando forma. Em várias cidades estão sendo realizadas atividades de preparação como seminários e encontros para debater o lema do ano e organizar a série de mobilizações que vão protagonizar a Semana da Pátria.
A 18ª edição do Grito tem como lema Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população. De acordo com Wagner Marques, das Pastorais Sociais de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil), o tema está ligado à 5ª Semana Social Brasileira e buscou dar voz à população.
“O tema escolhido quer trabalhar com a cidadania sobre a questão dos direitos. Aqui em Belo Horizonte nos estamos abordando mais de perto e tentando conscientizar sobre a questão do voto, por ser um ano eleitoral, e da saúde, que foi o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, explica.
Wagner aponta que em Belo Horizonte já foram realizados seis encontros para preparar o Grito dos Excluídos na região. A próxima atividade será um seminário, que acontecerá de 8h às 13h, dia 11 de agosto, na Escola Estadual Paulo Mendes Campos (Avenida Assis Chateaubriand, 429, Floresta – BH).
A programação do Seminário contempla análise de conjuntura, debate Geral sobre o lema e oficinas temáticas que vão focar: criminalização da pobreza; privatização e PPPs; saúde e agrotóxicos; violência contra a mulher; eleições e corrupção; reforma urbana; defesa do meio ambiente e mineração; educação e cultura.
Todos os interessados/as em participar deste momento de formação são convidados. O seminário é aberto e gratuito. Para informações e inscrições, escrever para [email protected] ou ligar para (31) 3428-8046.
As ações de preparação e formação de BH vão culminar no dia 7 de setembro na Praça da Estação. A partir das 8h terá início a concentração para em seguida começar a passeata. Os/as participantes/as vão acompanhar um trio elétrico e seguir cantando e escutando a fala de lideranças até a chegada à Praça 7 de Setembro, onde haverá um grande abraço de paz em volta da praça.
Em outras cidades brasileiras, os eventos e ações ligados ao Grito dos Excluídos também já estão sendo preparados. No dia 17 de maio aconteceu em Fortaleza, no Ceará, o Encontro Estadual de Preparação ao Grito dos Excluídos para pensar a realização do Grito 2012 na região. Em 17 de julho, a Ação Social Arquidiocesana promoveu a 1ª reunião de preparação para o Grito em Salvador, na Bahia. Neste mesmo dia, o Fórum Regional das Pastorais Sociais de Teresina (Piauí) realizou a 1ª Plenária do Grito dos Excluídos 2012. No dia 14 de agosto, o Fórum vai realizar o “Dia D do Grito” para reivindicar, protestar e compartilhar todas as atividades que foram já foram realizadas. As demais regiões e dioceses do país também estão preparando caminhadas, manifestações em frente a órgãos públicos e seminários para debater e refletir o lema deste ano.
O que é
O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular que todos os anos leva para as ruas de diversas cidades brasileiras pessoas e grupos comprometidos com as causas dos excluídos/as. A mobilização tem três sentidos principais: denunciar o modelo político e econômico que concentra riquezas e renda e condena milhões à exclusão social; tornar público o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome; e propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social com a participação ampla de todos os cidadãos e cidadãs.
Todos os anos, desde 1995, o Grito dos Excluídos acontece no dia 7 de setembro Dia da Independência brasileira – para mostrar que a população do país não está satisfeita apenas com uma independência “politicamente formal, mas deseja uma verdadeira independência, que passa pela soberania da nação, com a implementação de políticas públicas de forma autônoma e livre.