MAB reúne-se com presidente da Copel, em Curitiba
Por Pedro Carrano Na semana passada, os coordenadores nacional e estadual do MAB, Gilberto Cervinski e Robson Formica, reuniram-se com o diretor da Copel, Rubens Ghilardi, em Curitiba, na sede […]
Publicado 18/03/2010
Por Pedro Carrano
Na semana passada, os coordenadores nacional e estadual do MAB, Gilberto Cervinski e Robson Formica, reuniram-se com o diretor da Copel, Rubens Ghilardi, em Curitiba, na sede da empresa. Promovido pelo Senge-PR, o encontro contou com a presença de organizações que prestam apoio às lutas do movimento, caso da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Federação dos Estudantes de Agronomia (Feab) e jornal Brasil de Fato. Participou também da reunião o engenheiro Luiz Antônio Rossafa, ex-presidente do Crea/PR e diretor de engenharia da Copel.
Os representantes do MAB buscaram abrir um espaço de diálogo com a empresa pública, em meio a uma realidade na qual a enorme maioria dos leilões é composta por empresas transnacionais. Das 140 usinas hidrelétricas e barragens no Paraná, a Copel participa apenas em cerca de dez usinas, uma delas como acionista majoritária.
O movimento buscou este espaço para apresentar a situação de que podem ser afetadas pelos projetos no rio Chopim e Mauá, no interior do estado. Nacionalmente, o governo Lula reconhece a dívida histórica com os atingidos por barragens que podem a somar 1 milhão de pessoas.
Tanto o MAB como Ghilardi concordaram com a inviabilidade de muitos projetos atuais, a exemplo da hidrelétrica de Belo Monte, no norte do país, que representa um gasto de R$ 20 bilhões para uma operacionalidade sazonal, em períodos de seis a sete meses. Outro aspecto apontado como prejudicial na atual conjuntura é o controle privado de bancos e transnacionais sobre os atuais projetos, o que não permite ao Estado controlar o preço da energia.
Neste caso, foi usado o comparativo entre a Cemig, de Minas Gerais, privatizada na década de 1990, e a Copel, que se mantém como empresa pública, com uma das menores tarifas de energia.
No mesmo dia, Gilberto Cervinski participou de entrevista do Programa Projeto Popular, da TV Educativa do Paraná, programa elaborado e produzido pelos movimentos sociais. O tema foi a questão da soberania energética. Participou também do programa o engenheiro eletricista Antônio Goulart, da direção do Senge-PR.