MAB participa de oitivas do governo Federal para emergências climáticas

Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens relataram experiências de apoio aos atingidos por enchentes no país, para contribuir com a criação de um plano estratégico para situações de calamidade

Enchente do Rio Taquari na cidade de Lajeado (RS). Foto: marcelocaumors/Instagram

Na manhã de hoje, 19, coordenadores do Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB participaram da 3ª Reunião do Grupo de Trabalho Calamidades e Situações de Emergências, da Secretaria Extraordinária De Combate À Pobreza E À Fome, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do governo federal.

O objetivo da sessão virtual era promover um espaço para a a apresentação de experiências e sistematização de informações para a elaboração de um plano estratégico de segurança alimentar e nutricional para o país em eventos de calamidades e situações de emergência.

Estiveram presentes na reunião integrantes da Secretaria Geral da Presidência da República, do Ministério da Saúde, do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério da Defesa, da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, entre outros órgãos públicos, assim como representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST e do MAB.

Durante a reunião, houve relatos sobre a atuação do poder público do estado do Rio de Janeiro, diante dos desastres de Petrópolis (RJ), em 2022, e do município de São Sebastião (SP) após os deslizamentos que aconteceram no litoral norte paulista em 2023. Os movimentos sociais presentes também apresentaram suas vivências relacionadas à promoção da segurança alimentar e organização popular após diferentes enchentes e estiagens no país.

Neste contexto, a integrante da coordenação do MAB, Alexania Rossato, que atua na Brigada de Solidariedade e Organização na Vale do Taquari (RS), falou sobre experiências como a cozinha solidária, que serviu marmitas para os atingidos por cerca de 30 dias logo após a enchente que deixou milhares de desabrigados na região. Segundo a dirigente, as ações emergenciais de solidariedade são baseadas nos princípios do Movimento e oferecem um apoio muito importante para as famílias atingidas no momento de maior vulnerabilidade.

“Ainda assim, sabemos que a situação do povo não se resolve de imediato. Por isso, é preciso a organização popular. É o que estamos fazendo agora no Vale do Traquari: organizando os atingidos para reivindicarmos a reparação integral e a garantia da proteção dos seus direitos”, afirmou.


Já Moisés Borges, também integrante da coordenação nacional do Movimento ressaltou que “as situações de emergência devem ser estudadas antes, durante e depois dos desastres. Para isso, é fundamental a participação dos atingidos para realizarmos o controle popular da implementação das políticas públicas.”

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