Formação de mulheres do rio Pardo e Vale do Jequitinhonha reforça a importância da luta para garantia dos sonhos
Confecção de Arpilleras, técnica de bordado de mulheres chilenas, aproximam atingidas com históricos de luta Nos dias 2 e 3 de julho, em Salinas, o MAB realizou a formação de […]
Publicado 05/07/2019
Confecção de Arpilleras, técnica de bordado de mulheres chilenas, aproximam atingidas com históricos de luta
Nos dias 2 e 3 de julho, em Salinas, o MAB realizou a formação de arpilleras para mulheres atingidas das regiões das bacias do rio Pardo e do Vale do Jequitinhonha.
Foram doze mulheres de 7 municípios, atingidas pelos projetos da barragem do Setúbal, do Calhauzinho e de Berizal, pelas usinas hidrelétricas de Irapé e de Itapebi, e pela mineração e monocultura de eucalipto e café.
Técnica de bordado que surgiu no Chile durante a ditatura militar de Pinochet, a arpillera virou um tipo especial de tapeçaria bordada por mulheres, na tenativa de denunciar as violações e a censura do período. Com essa inspiração na luta das mulheres chilenas, a formação das atingidas surgiu também como uma ferramenta de denúncia, através da arte, das violações às mulheres atingidas.
Durante a formação, as mulheres assistiram ao documentário “Arpilleras: atingidas por barragens bordando a resistência” e tiveram a oficina de bordado. De acordo com Aline Ruas, militante do MAB que organizou a formação, houve uma identificação entre as atingidas do filme com as suas histórias de vida e de luta.
Os temas da confecção das arpilleras foram a reforma da previdência e o projeto Veredas Sol e Lares. Escolhidos pelas mulheres, as ideias vieram para representar uma conjuntura atual da classe trabalhadora e para registrar uma conquista do movimento, que é a luta por um projeto energético popular.
As mulheres atingidas reforçam na arpillera a necessidade de continuar lutando pela garantia dos seus direitos e dos seus sonhos.
Mulheres atingidas na luta pela vida!