Geraizeiros cobram respostas em audiência pública na ALMG

Representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens-MAB, da Comissão Pastoral da Terra-CPT e das Comunidades Tradicionais Gerazeiras de Vale das Cancelas participaram, na última quarta-feira (20) de audiência pública na […]

Representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens-MAB, da Comissão Pastoral da Terra-CPT e das Comunidades Tradicionais Gerazeiras de Vale das Cancelas participaram, na última quarta-feira (20) de audiência pública na Assembléia Legislativa de Minas Gerais para debater a Política Estadual para o Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Minas Gerais (Lei nº 21.147/2014)

A audiência, solicitada pela deputada Leninha (PT) contou com a participação de representantes da Comissão de Direitos Humanos, do MPF, DPU, DPE, Secretarias de Estado, movimentos sociais, entidades representativas, pastorais além de representantes de vários povos e comunidades tradicionais de Minas Gerais.

As discussões foram pautadas pelas recorrentes manifestações relativas à necessidade e importância de regularização fundiária dos territórios tradicionais das comunidades, cuja não efetivação constitui, atualmente, o maior fator de conflitos agrários e grande entrave ao pleno desenvolvimento dos objetivos da Política, que incluem a melhoria da qualidade de vida, a permanência dos povos em seus territórios, o livre acesso aos recursos naturais, a promoção da segurança alimentar e nutricional e a compensação ou indenização dos povos e comunidades tradicionais pelos prejuízos causados nos territórios tradicionalmente ocupados por grandes empreendimentos e por empresas.

Aproveitando a oportunidade, MAB, CPT e representantes das comunidades tradicionais geraizeiras denunciaram situações de violação de direitos humanos praticadas pelas empresas que atuam na região do Vale das Cancelas e solicitaram à Comissão de Direitos Humanos que tome as providências para impedir o licenciamento do Projeto Bloco 8, da empresa Sul Americana de Metais-SAM, que acarretará enormes prejuízos ambientais, além da destruição de várias comunidades tradicionais geraizeiras.

Aos representantes do Governo de Minas Gerais, que se comprometem a manter as conquistas obtidas nos governos anteriores, frisaram a necessidade de que o governo avance, promovendo a regularização fundiária e a titulação dos territórios tradicionais.

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro