Moradores de Congonhas cobram de mineradora resposta de retirada das famílias
Existe uma luta histórica em Congonhas por causa dos graves problemas gerados pelas barragens no Município, que acumulam 94 milhões de metros cúbicos de rejeito. No último período, o crime […]
Publicado 25/03/2019
Existe uma luta histórica em Congonhas por causa dos graves problemas gerados pelas barragens no Município, que acumulam 94 milhões de metros cúbicos de rejeito. No último período, o crime da Vale em Brumadinho, que ceifou centenas de vidas, deixou a população muito apreensiva.
Nesse contexto, o MAB junto com a comissão de atingidosas local e apoiadores, vem acompanhando a situação da população de Congonhas em especial das por volta de 2.500 pessoas em área de risco, dos bairros Cristo Rei e Residencial Gualter Monteiro ameaçadas pelo risco iminente de rompimento da barragem de rejeito da CSN – Casa de Pedra. Tem-se a proposta de realização de descomissionamento, e a consequente necessidade de remoção das famílias da área de risco.
Há um desrespeito por parte da CSN para com os atingidosas, a população esta cansada de ser negado o direito a informação de quais riscos reais, vivenciam diariamente com o medo causando sofrimento mental nas mulheres, homens, idosos, crianças. As creches foram fechadas, escolas deslocadas, ela não vai nas reuniões e audiências públicas para responder as perguntas e preocupações da população. As perguntas dos moradores tem sido: Ate quando a CSN vai continuar torturando os atingidos?
Diante desta situação e das reivindicações dos atingidosas o Ministério Público do Estado da Comarca de Congonhas na pessoa do Dr. Vinicius, fez uma recomendação apresentando o histórico dos transtornos vivenciados pelos atingidosas a partir de 2013 do risco de rompimento da barragem. A recomendação tem como objetivo central o pedido de retirada das famílias em área de risco, com embasamento no principio da prevenção e da dignidade da pessoa humana. Como também dar as famílias todas as condições físicas, psicológicas e estruturais de continuidade da vida como direito humano. E também a prevenção aos danos ambientais e econômicos. No caso de rompimento seria 30 segundos tornando impossível o resgate estes bairros. Em 15 minutos atinge 3.740 edificações.
A recomendação foi entregue dia 163, tendo tempo de resposta da empresa em 10 dias uteis, que será 263 ate as 17:30. Os atingidosas vão se juntar na comunidade para receber a resposta neste dia a partir das 16:30hs. A população não vai se calar diante de um não ou retrocesso de direitos.
ELES SABEM QUE PODE ROMPER!
SOMOS TODOS ATNGIDOSAS!