No Ceará, eletricitários e movimentos populares se somam a luta contra a privatização da Eletrobrás

Movimentos populares do campo e da cidade realizam ato na subestação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), em Fortaleza (CE)

Foto: Aline Oliveira

Nesta segunda-feira (16), Dia Nacional de Lutas Contra a Privatização do Sistema Eletrobrás, o Sindicato dos Eletricitários do Ceará (SINDELETRO) e movimentos populares do campo e da cidade realizam ato na subestação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), em Fortaleza (CE).

O ato reivindica a defesa de uma Eletrobrás pública e a soberania nacional do setor elétrico. Nessa data os/as trabalhadores/as de todas as empresas paralisaram suas atividades contra o processo de privatizações.

De acordo com Cesário Macedo, presidente do Sindeletro do Ceará “estamos aqui contra a agenda de privatizações do setor elétrico que está em jogo, os governantes querem entregar esse patrimônio que é do povo brasileiro. Não podemos admitir que nossas empresas sejam entregues aos estrangeiros, a parte mais atingidos será a população carente que pagará mais caro pela energia”.

Para Nara de Moura, militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), “estamos vivendo um momento de golpe de estado de exceção na nossa democracia, esse é um fato que requer de nós folego e disposição para a luta. Defender o sistema Eletrobrás é dizer não ao golpe. O golpe também se dá quando os imperialistas se juntam com a burguesia para entregar as nossas riquezas, nesse sentido reafirmamos a nossa aliança na luta em defesa da soberania nacional”.

A atividade que acontece durante todo o dia de hoje, recebeu nessa manhã visita de um coletivo de jovens militantes de organizações populares que compõem a Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, que estão acampados/as há 6 (seis) dias na Praça Murilo Borges no centro de Fortaleza e permanecem na vigília para defender a democracia e denunciar a prisão arbitraria do presidente Lula.

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