Documentário “Arpilleras” será exibido em mostra nesta quarta, em Brasília

Exibição ocorrerá no Auditório II do Museu Nacional, às 20h30, como parte da programação da Mostra de Filmes Água e Resistência Foto: Vinicius Denadai Nesta quarta-feira (21), o documentário de […]

Exibição ocorrerá no Auditório II do Museu Nacional, às 20h30, como parte da programação da Mostra de Filmes Água e Resistência

Foto: Vinicius Denadai

Nesta quarta-feira (21), o documentário de longa-metragem “Arpilleras: atingidas por barragens bordando a resistência” será exibido, às 20h30, no II Auditório do Museu Nacional, em Brasília (DF). A sessão integra a Mostra de Filmes Água e Resistência, que está sendo realizada entre os dias 17 de 22 pelo Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA).

O filme, dirigido pelo Coletivo de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), foi lançado no ano passado em diversos estados e aborda a história de 10 mulheres impactadas por projetos de barragens das cinco regiões do país.

Uma delas, Maria Alacídia da Silva, moradora de Altamira (PA) e atingida pela Usina Hidrelétrica Belo Monte, estará presente na sessão e fará uma explanação sobre o processo de produção do filme, as violações de direitos humanos das mulheres na construção de barragens e o trabalho do MAB com o bordado denominado “arpillera”.  

Sinopse

O que une 10 mulheres de diferentes cores, religiões, culturas e geografias? Por meio de uma técnica de costura chamada “arpillera”, utilizada por chilenas para denunciar os crimes da ditadura [1973-1990] comandada por Augusto Pinochet, o documentário entrelaça histórias de mulheres atingidas por barragens no Brasil.

Foto: Guilherme Weimann

Entre as barragens retratadas, está a de rejeitos da Samarco (Vale/BHP Billiton), que estourou em Mariana (MG) e causou a morte de 19 pessoas em novembro de 2015; a hidrelétrica de Belo Monte, que atingiu aproximadamente 40 mil pessoas em Altamira (PA); o Açude do Castanhão, que serve para abastecer a região metropolitana de Fortaleza (CE) e o Porto do Pecém; as hidrelétricas de Serra da Mesa e Cana Brava, em Goiás; e a hidrelétrica de Itá, concebida ainda no período da ditadura militar.

Com a linha da costura servindo como fio condutor da narrativa, o longa-metragem percorre as cinco regiões do país. Em cada local, capta a singularidade, mas também a história coletiva de força e resistência das mulheres. O que sempre foi vista como tarefa “do lar”, a costura, transforma-se em uma ferramenta de empoderamento.

Todas são convidadas a retomarem suas memórias alagadas pela água e de narrarem, por meio de uma arpillera, sua própria história.