Nota de apoio à greve de fome do MPA para barrar o desmonte da previdência

Não existe gesto maior de solidariedade que expor a própria vida em defesa da vida de outras milhões de pessoas. É exatamente isso que fazemos diariamente quando marchamos pelas ruas […]

Não existe gesto maior de solidariedade que expor a própria vida em defesa da vida de outras milhões de pessoas. É exatamente isso que fazemos diariamente quando marchamos pelas ruas ou fazemos o debate sobre a necessidade de se construir uma sociedade sem exploradores e explorados. Todavia, nesse dia 5 de dezembro de 2017, o Movimento dos Pequenos Agricultores eleva ainda mais o nível dessa empatia de classe.

Em Brasília, na Câmara Federal, três militantes do movimento camponês iniciam hoje uma greve de fome contra a Reforma da Previdência encabeçada pelo governo golpista. Esta iniciativa parte justamente no momento em que o governo, recuado pela pressão popular, voltou atrás em relação às mudanças da aposentaria dos trabalhadores rurais. 

Qualquer recuo não desmobilizará a união de toda a classe trabalhadora. É exatamente essa a mensagem que um dos coordenadores do MPA, Bruno Pilon, resumiu nessa fala: “Nem a aparente retirada dos rurais da Reforma Previdenciária nos fará retroceder a luta, essa é uma luta de classe. Se nossos irmãos e irmãs urbanos serão atingidos também seremos, vamos nos manter firmes para barrar esses retrocessos”.

Esse ato de resistência acontece exatamente 20 anos após a greve de fome do dirigente nacional do MPA, Frei Sérgio Görgen. O jejum de 17 dias em 1997 foi fundamental para a conquista de uma política de crédito agrícola para os camponeses e camponesas do país. Dessa vez, além de Frei Sérgio, outros dois integrantes do movimento se somarão a essa ato de resistência: Josineide Costa e Leila Denise Meurer.

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), como um parceiro histórico do MPA, apoia irrestritamente a greve de fome e convoca toda a sociedade se mobilizar para barrar essa reforma que, se aprovada, fará realmente a fome e a miséria voltarem à realidade do nosso país. Estaremos em todas as trincheiras possíveis para barrar esse e todos os outros retrocessos previstos à classe trabalhadora brasileira.

Coordenação nacional do MAB

São Paulo, 5 de novembro de 2017

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro

| Publicado 04/12/2017 por Coletivo de Comunicação MAB BA

Lançamento do FAMA fortalece luta pela água no Oeste da Bahia

Após a realização de audiência com a participação de 5 mil pessoas sobre o uso desenfreado da água pelo agronegócio na região, organizações e movimentos se unem na criação do Fórum Alternativo Mundial da Água

| Publicado 06/12/2017

Juventude é revolução!