Em Colatina (ES), atingidos pela Samarco denunciam dois anos do crime em Mariana

Com início das atividades nos dois anos do crime em Mariana, atingidos pela Samarco no Espírito Santo, organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) juntamente com a Diocese de […]

Com início das atividades nos dois anos do crime em Mariana, atingidos pela Samarco no Espírito Santo, organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) juntamente com a Diocese de Colatina, Associação dos Pastores Evangélicos, associação de moradores e sindicatos, fazem uma marcha na ponte Florentino Avidos, em Colatina (ES), a partir das 8h, neste sábado (04). A caminhada segue até o Cais.

Os atingidos denunciam a impunidade das mineradoras Vale, Samarco e BHP Billiton, responsáveis pela barragem de Fundão , que rompeu no dia 05 de novembro de 2015. Cinquenta milhões de m³ de rejeito de minério foram  dispensados, matou 19 pessoas, percorreu a bacia do rio Doce, exterminou toneladas de peixes e chegou ao mar no dia 21 de novembro, atingindo o estado de Minas Gerais e Espírito Santo. 

Cerca de um milhão de pessoas foram atingidas pela avalanche de lama e ficaram sem água, perderam seu lazer, além de ficar sem trabalho. Centenas de pescadores, principalmente no Espírito Santo, estão passando por dificuldades financeiras.

Após dois anos de sofrimento da população, as empresas responsáveis pelo maior crime socioambiental da mineração global- Samarco, Vale e BHP Billiton, ainda estão impunes. “Já estamos há dois anos com a lama no nosso rio e estamos sem perspectiva, pois a Samarco, por meio da Fundação Renova, está negando os direitos dos atingidos que estão sobrevivendo com ajuda de familiares”, comenta Regiane Lourdes, militante do MAB.

Dois anos de Lama e Luta

Atingidos pela Samarco em Minas Gerais e no Espírito Santo, organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), realizarão atividades em novembro, mês que completam dois anos do maior crime socioambiental da história mineração mundial. Missas, marchas, seminários e audiências públicas marcam os dois anos de lama e luta dos atingidos pelo maior crime socioambiental.

Serviço:
III Manifesto em favor do Rio Doce
Dia 4 de novembro (sábado), em Colatina, a partir das 8h
Concentração na praça do bairro São Silvano e marcha pela Ponte Florentino Avidos, pela avenida principal da cidade e encerramento no Cais, com leitura do manifesto.

Assessoria de Imprensa:  Neudicléia Oliveira (11) 94817-2567

Huezer Viganô (27) 99809-4735

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