No Paraná, atingidos do Baixo Iguaçu realizam atos contra ação violenta da PM
Após desocupação violenta da PM na última quinta-feira (8), que resultou em diversas pessoas feridas e três detenções, atingidos protestaram nas ruas do Paraná Nesta segunda-feira (12), cerca de mil […]
Publicado 13/09/2016
Após desocupação violenta da PM na última quinta-feira (8), que resultou em diversas pessoas feridas e três detenções, atingidos protestaram nas ruas do Paraná
Nesta segunda-feira (12), cerca de mil pessoas entre atingidos, comerciantes, e integrantes de organizações do campo e da cidade realizaram atos nos municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques (PR), para denunciar a truculência do governo do Estado e da empresa Neoenergia por meio da ação violenta da Polícia Militar, cometida contra famílias atingidas na última quinta-feira (08).
Em Capanema, o ato aconteceu pela manhã em frente ao Fórum, com faixas e cartazes. Os manifestantes jogaram flores denunciando o descaso da justiça frente aos atingidos.
Em Capitão, tratores estiveram à frente da caminhada. Nos dois municípios a luta dos atingidos teve apoio dos comerciantes que fecharam o comércio local e se juntaram à mobilização.
Os atingidos também exigem avanços nas negociações sobre o preço da terra e áreas para reassentamento e aguardam a reunião de quarta-feira, dia 14/09, em Curitiba, com os representantes do Consórcio Geração Céu Azul, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública Estadual, atingidos e o governo do Paraná, com o objetivo de garantir os direitos dos atingidos, incluindo o reassentamento e as indenizações às famílias.
Esta reunião foi marcada na última sexta feira (09/09), em encontro com Valdir Rossoni, chefe estadual da Casa Civil, tenente da Polícia Militar do estado, Defensoria Pública Estadual, Ministério Público Estadual e advogados.
Rossoni, como represente do governo do Estado, foi enfático ao afirmar que o governo não pedirá a paralização da obra, dizendo que as famílias atingidas devem esperar a solução desse impasse através das próximas reuniões. No final da reunião, foi estabelecido um acordo de retirada da Polícia do local e os atingidos se comprometeram em não ocupar mais o canteiro.