Em Santa Catarina, atingidos paralisam obra da hidrelétrica São Roque
Nesta segunda-feira (01), atingidos paralisaram todos os trabalhos no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica São Roque, gerido pelo consórcio Rio Canoas, de propriedade da empresa Engevix. As famílias reivindicam […]
Publicado 02/08/2016
Nesta segunda-feira (01), atingidos paralisaram todos os trabalhos no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica São Roque, gerido pelo consórcio Rio Canoas, de propriedade da empresa Engevix.
As famílias reivindicam a abertura de negociação com a empresa e o cumprimento dos acordos já feitos com os atingidos. Entre os principais pontos estão a compra de terra para reassentamento, reconhecimento dos direitos negados e indenizações.
A empresa alega não dispor de recursos financeiros para realizar as indenizações e, além disso, não conseguiu apresentar um cronograma de indenizações com um orçamento detalhado de qual valor seria exclusivamente destinados para as referidas indenizações. Trabalhadores da obra, contratados pela empresa ENGEVIX, também paralisaram a obra no dia 25 de julho, pois o salário já esta atrasado em três meses.
A grande maioria dos proprietários que já negociou com a empresa não recebeu os valores. A justificativa do consórcio é a falta de recurso disponível para pagamento das indenizações. Houve casos em que atingidos se viram com cheques sem fundo emitidos pelo consórcio. Além disso, existem passivos referentes aos núcleos comunitários atingidos com escolas, igrejas, salão comunitário, cemitérios, pontes e estradas que terão que ser reconstruídos.
Os atingidos exigem com urgência uma negociação por parte da empresa e que as famílias sejam reconhecidas com critérios construídos junto à população atingida.
Esta obra está orçada em 700 milhões do grupo Engevix e está com mais de 80% de construção concluída, localizada no Rio Canoas, entre municípios de Vargem e São José do Cerrito, em Santa Catarina. A hidrelétrica atingirá cerca de 700 famílias dos municípios de Vargem, São José do Cerrito, Brunópolis, Curitibanos e Frei Rogério. A potência instalada é 146 MW, com uma área alagada de mais de 4 mil hectares.