Em Brasília, MAB participa de acampamento pela Democracia

Nesta semana, atingidos e atingidas por barragens de todo o Brasil juntam-se ao acampamento nacional pela democracia, organizado pela Frente Brasil Popular, na capital federal. Durante toda a semana os […]

Nesta semana, atingidos e atingidas por barragens de todo o Brasil juntam-se ao acampamento nacional pela democracia, organizado pela Frente Brasil Popular, na capital federal. Durante toda a semana os manifestantes estarão realizando atividades no intuito de defender a democracia e denunciar o golpe em curso no país com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Ontem (13), o presidente da Câmara foi o alvo na manifestação, que faz parte do calendário de lutas pela democracia e contra o golpe realizado pelo Acampamento Nacional. Entre as denúncias que pesam contra Cunha, estão falso testemunho, omissão de bens, propinas milionárias, crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além disso, o Parlamentar, que ocupa o segundo lugar na linha de sucessão da Presidência da República, é réu na Operação Lava Jato, julgado por unanimidade pelo STF – Supremo Tribunal Federal. Mesmo assim, Cunha continua intacto em seu posto.

O ato teve como objetivo apresentar para sociedade, principalmente de Brasília, quem é o Presidente da Câmara e o que está em jogo com o impeachment. “Nesse momento do nosso país a conjuntura é tão complexa que estabeleceram um muro, uma barreira, entre as classes. Nós trabalhadores entendemos muito bem que um dos grandes armadores desse golpe é Cunha, que representa um dos grandes inimigos da nossa sociedade”, destaca Rafaela Alves, da coordenação nacional do MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores, organização que integra a Frente Brasil Popular.

Na Alameda das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional, os manifestantes foram barrados por um forte aparato policial, mas as palavras de ordem, a energia e alegria do povo continuaram. Era noite, quando outros manifestantes do Comitê Pró-Democracia, que organiza atividades no Congresso Nacional, somaram-se ao ato Fora Cunha.

Uma Constituinte gigante representava a necessidade de garantir que esta seja respeitada no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que será votado no domingo (17). Ainda durante o Ato, além de representantes de movimentos sociais e sindicais alguns parlamentares também se pronunciaram contra o impeachment.

 De acordo com o coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Temoteo Gomes, a única saída nesse momento de crise politica é a unidade do povo. “Nós não vamos sair dessa situação sem a unidade dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, só a união dos movimentos sociais junto com todas as frentes de luta é que vamos conseguir avançar e garantir os direitos que conseguimos historicamente com a luta”.

Temoteo ressalta que se houver impeachment a condição de vida dos trabalhadores irá piorar. “O plano de fundo da elite brasileiras e internacional é colocar um governo que proteja a classe mais rica, que crie condições para explorar mais o povo que trabalha e que coloque as principais riquezas do país para aumentar o lucro dos empresários ricos”. Finalizou.

Acampamento

O Acampamento Nacional pela Democracia e Contra o Golpe já conta com mais de 2 mil pessoas e esta localizado no Ginásio Nilson Nelson onde é organizado pela Frente Brasil Popular. Durante a semana, esta acontecendo um calendário de lutas contra o golpe, com atividades culturais e formações políticas sobre as grandes questões da conjuntura econômica, política e social do país.

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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