3º dia de ocupação da linha férrea em Mário Campos e Brumadinho (MG)

Após 72 horas de trancamento da via férrea em Mário Campos, atingidos pelo crime do Vale avançam com paralisações também em Brumadinho

Atingidos pela crime da Vale ocupam linha férrea na busca por direitos. Foto: Comunicação MAB MG
Atingidos pela crime da Vale ocupam linha férrea na busca por direitos. Foto: Comunicação MAB MG

No 3º dia de trancamento em Mário Campos, atingidos de Brumadinho e outras cinco cidades paralisam outro ponto da via férrea, – agora em Brumadinho – por auxílio financeiro, direito à Assessoria Técnica Independente (ATI) escolhida pelo povo, participação no Anexo 1.1 e por respeito da Vale, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG).

Na manhã desta quinta-feira (30), pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho ocuparam a linha férrea do município e seguem ocupando a linha da MRS em Mário Campos.  

O ato convocado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), tem o protagonismo das lideranças atingidas, em especial dos Povos Indígenas das comunidades Pataxó, Pataxó Hã hã hãe, Katurama e Aranã. Sem a reparação pelos danos causados pela Vale, que já se arrasta por quase sete anos, a população segue revoltada com a falta de respostas e diálogo das Instituições de Justiça, que até agora não aceitaram reunir-se com os manifestantes. 

SOLIDARIEDADE: A população tem participado de diversas formas, se revezando e principalmente fazendo doações de alimentos e água para manter a luta.

Relembre as pautas de luta das comunidades atingidas

1 – Pagamento imediato do auxílio emergencial – A Vale tem obrigação de pagar até cumprir com a reparação integral!;

2 – Direito à Assessoria Técnica Independente (ATI) escolhida pela população atingida: permanência da ATI Aedas para Brumadinho, Betim, Bicas, Igarapé, Juatuba e Mário Campos;

3 – Condições dignas para as pessoas atingidas participarem da gestão e execução dos projetos de demandas das comunidades atingidas (Anexo 1.1); 

4 – Pagamento de diárias para conselheiras e conselheiros quando estiverem nas tarefas dos conselhos.

As Instituições de Justiça deveriam estar ao lado do povo! 

Os atingidos seguem na paralisação até que seja dada uma posição da Vale, Ministérios Públicos e Defensoria Pública.

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