Nota de repúdio | Plataforma denuncia violência sofrida pelo eletricitário Emanuel Mendes na ALERJ
Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia se solidariza com Emanuel Mendes e reafirma a luta por uma política energética sob controle dos trabalhadores e do povo, contra a repressão e o autoritarismo
Publicado 24/10/2025 - Actualizado 24/10/2025

A Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia (POCAE) vem, por meio desta nota, repudiar veementemente o ato de violência sofrido pelo companheiro Emanuel Mendes, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia) e diretor da Associação dos Empregados da Eletrobrás e da Federação Nacional dos Urbanitários.
Durante a Audiência Pública sobre o retorno das obras de Angra 3, realizada na terça-feira (21), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), o sindicalista foi violentamente retirado do plenário após reagir a falas agressivas do deputado estadual Elton Cristo (PP), que ofendiam os trabalhadores presentes.
Este ato arbitrário é um grave atentado ao direito de livre manifestação, princípio democrático do debate público. A retirada violenta de um representante legítimo dos trabalhadores de uma Assembleia Legislativa evidencia o desrespeito com que a classe trabalhadora é tratada quando ousa se posicionar sobre temas que afetam diretamente os trabalhadores. O episódio confirma a dificuldade imposta aos trabalhadores e à população de participarem da definição dos rumos do setor elétrico brasileiro, historicamente blindado aos interesses do povo.
Nós, da Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia, manifestamos nossa total solidariedade ao companheiro Emanuel Mendes e a todos os trabalhadores que estiveram na ALERJ para acompanhar a discussão. Reforçamos nossa certeza de que, apenas com a mobilização popular e a luta organizada, será possível realizar as profundas mudanças necessárias na política energética nacional. Para que os trabalhadores do setor, os atingidos por empreendimentos e todo o povo brasileiro possam, de fato, definir as prioridades e o futuro da energia no nosso país.
Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia
[1] Membros da PLATAFORMA: AEEL – Associação dos Empregados da Eletrobrás; CNE – Coletivo Nacional dos Eletricitários; CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação; CNU ‐ Confederação Nacional dos Urbanitários; CNM – Confederação Nacional dos Metalúrgicos; FTIUESP – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de São Paulo; FURCEN – Federação Regional dos Urbanitários Centro‐Oeste; FISENGE – Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros; FNU – Federação Nacional dos Urbanitários; FRUNE ‐ Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste; FSU ‐ Federação Regional dos Urbanitários do Sul;; FUP – Federação Única dos Petroleiros; Sindipetro AM; Sindipetro CE/PI; Sindipetro RN; Sindipetro PE; Sindipetro BA; Sindipetro MG; Sindipetro ES; Sindipetro Caxias; Sindipetro NF; Sindipetro Unificado SP; Sindipetro PR/SC; Sindipetro RS; SINTERN; INTERCEL; INTERSUL; Levante Popular da Juventude; MCP – Movimento Camponês Popular; MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens; MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores; PROIFES – Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico; SENGE/BA – Sindicato dos Engenheiros da Bahia; SENGE/PR – Sindicato dos Engenheiros do Paraná; SENGE/RJ – Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro; SINDIELETRO/MG; SINDUR/RO; SINERGIA/SC; SINERGIA/BA; STIU/DF.
